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Helicópteros ucranianos atacam depósito de combustível na Rússia

Imagens de câmaras de segurança mostram o momento do primeiro ataque ucraniano para lá da fronteira.
Francisco J. Gonçalves 2 de Abril de 2022 às 01:30
Um depósito de combustível em Belgorod, localidade próxima da fronteira ucraniana, foi totalmente consumido pelas chamas depois de atingido por mísseis disparados por dois helicópteros ucranianos
Junto a Kiev, as carcaças de veículos russos destruídos são bem visíveis
Tropas russas ocuparam durante cerca de um mês a antiga central nuclear
Um depósito de combustível em Belgorod, localidade próxima da fronteira ucraniana, foi totalmente consumido pelas chamas depois de atingido por mísseis disparados por dois helicópteros ucranianos
Junto a Kiev, as carcaças de veículos russos destruídos são bem visíveis
Tropas russas ocuparam durante cerca de um mês a antiga central nuclear
Um depósito de combustível em Belgorod, localidade próxima da fronteira ucraniana, foi totalmente consumido pelas chamas depois de atingido por mísseis disparados por dois helicópteros ucranianos
Junto a Kiev, as carcaças de veículos russos destruídos são bem visíveis
Tropas russas ocuparam durante cerca de um mês a antiga central nuclear
Um depósito de combustível foi esta sexta-feira arrasado em Belgorod, localidade russa próxima da fronteira com a Ucrânia que tem servido de posto de abastecimento das tropas russas que combatem no Leste ucraniano. Moscovo imputa o ataque a helicópteros ucranianos, o que, a ser verdade, representa a primeira ação ofensiva das tropas da Ucrânia em território da Rússia.

Imagens de câmaras de segurança mostram o momento do ataque. Primeiro surgem raios de luz de mísseis que atingem o depósito e pouco depois os dois helicópteros que fizeram os disparos. A presença de helicópteros ucranianos foi referida também pelo governador regional de Belgorod. Horas depois, residentes falavam de aviões a baixa altitude e do som de explosões vindo da fronteira. Não muito longe, do lado ucraniano, fica a cidade de Kharkiv.

As autoridades ucranianas começaram por não confirmar nem negar envolvimento no ataque. “A Ucrânia está a efetuar uma operação contra a agressão russa em território da Ucrânia e isso não significa que seja responsável por cada catástrofe em território da Rússia”, afirmou Oleksandr Motuzyanyk, porta-voz do Ministério da Defesa. Horas depois, o secretário do Conselho de Segurança ucraniano, Oleksiy Danilov, negou taxativamente: “Dizem que fomos nós, mas, de acordo com as nossas informações, isso não corresponde à realidade.”

Mas Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, culpou a Ucrânia e alertou que o incidente não cria condições favoráveis para as conversações.

Entretanto, em Kiev e Chernihiv, de onde os russos prometeram retirar, os governadores regionais confirmaram o recuo em direção à Rússia e à Bielorrússia. Nos arredores da capital, Irpin está na posse dos ucranianos e Bucha foi retomada esta sexta-feira, enquanto em Hostomel havia sinais de recuo russo. Apesar disso, Vitaly Klitschko, presidente da câmara de Kiev, desaconselhou o regresso dos civis. “O risco de morrer é elevado. Por favor, esperem um pouco mais”, apelou.

Negociações retomadas por videoconferência
As negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia foram esta sexta-feira retomadas por videoconferência, numa tentativa de dar seguimento aos avanços alcançados no início da semana num encontro frente a frente em Istambul, na Turquia. O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, admitiu esta sexta-feira que as conversações registaram "progressos" e prometeu para breve uma resposta da Rússia às propostas feitas pela delegação ucraniana, nomeadamente sobre o futuro estatuto de neutralidade do país.

Russos envenenados com radiação em Chernobyl
A decisão russa de retirar as suas tropas de Chernobyl terá sido precipitada pelo adoecimento de dezenas de militares, que apresentaram sintomas de envenenamento por radiação após terem escavado trincheiras numa das zonas mais contaminadas pelo desastre nuclear de 1986, revelou a agência nuclear ucraniana. Vários autocarros com militares russos "gravemente doentes" chegaram na quinta-feira a uma "instalação médica especial" na região de Gomel, na Bielorrússia.

Os soldados terão adoecido após passarem vários dias a erguerem fortificações e a escavarem trincheiras na ‘Floresta Vermelha’, uma das zonas mais contaminadas da zona de exclusão. A notícia foi confirmada pelo MNE ucraniano, Dmitry Kuleba, que diz que os russos agiram de forma "irresponsável" após tomarem a central nos primeiros dias da invasão.

Cruz vermelha travada em Mariupol
Uma caravana da Cruz Vermelha Internacional que pretendia retirar civis da cidade cercada de Mariupol foi forçada a voltar para trás por falta de segurança.

Corpos encontrados após retirada
Os corpos de pelo menos 13 civis foram encontrados pelas forças ucranianas numa estrada dos arredores de Kiev após a retirada das tropas russas.

Zelensky despede "traidores"
O PR ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse esta sexta-feira ter despedido dois generais "traidores" por "recusarem cumprir o dever de proteger a Pátria".
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