Reunião tem como pontos de agenda uma análise dos "mais recentes acontecimentos da agressão russa contra a Ucrânia".
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, participa esta segunda-feira em Bruxelas na reunião dos chefes da diplomacia da União Europeia (UE), para debater a invasão militar russa do país, quando os 27 tentam aprovar novas sanções.
A reunião, que se inicia pelas 11h00 (10h00 em Lisboa), tem como pontos de agenda uma análise dos "mais recentes acontecimentos da agressão russa contra a Ucrânia" e uma "troca de pontos de vista informal sobre esta matéria com o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, e a ministra canadiana dos Negócios Estrangeiros, Mélanie Joly", esta última em Bruxelas para uma reunião ministerial UE-Canadá.
A reunião dos 27 chefes da diplomacia europeia -- na qual participa o ministro português João Gomes Cravinho -- acontece numa altura em que a UE tenta negociar um embargo energético gradual à Rússia, no âmbito do sexto pacote de sanções à Rússia apresentado pela Comissão Europeia no início de maio, não se prevendo, porém, um acordo no encontro de hoje.
No domingo, após participar na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Berlim, João Gomes Cravinho garantiu que Portugal poderia "fechar amanhã a torneira do gás ou do petróleo russo", embora essa não seja a situação de todos os Estados-membros.
"Aquilo que está a dificultar não é nada do campo político, mas sim do campo técnico e económico [porque] há uma assimetria de impacto das sanções. Portugal, por exemplo, não teria nenhuma dificuldade em fechar amanhã a torneira do gás ou do petróleo russo, [mas] outros países têm uma dependência, muito em particular a Hungria, mas também a Eslováquia e a Bulgária têm dificuldades", explicou João Gomes Cravinho.
Já questionado sobre prazos para os 27 chegarem a acordo, o governante estimou que, "durante o próximo par de semanas, em princípio, haja soluções que satisfaçam a todos".
Ainda assim, de acordo com João Gomes Cravinho, este assunto não deverá estar em cima da reunião de hoje, dadas as "discussões técnicas complexas" que ainda decorrem.
Em causa está o sexto e novo pacote de sanções contra a Rússia devido à invasão da Ucrânia, no final de fevereiro passado, após a Comissão Europeia ter abrangido, no anterior conjunto de medidas restritivas, a proibição da importação de carvão.
O pacote mais recente, apresentado por Bruxelas há duas semanas, prevê uma eliminação total e gradual da importação de todo o petróleo russo para assim reduzir a dependência energética europeia face à Rússia, estipulando também uma derrogação de um ano suplementar para Hungria e Eslováquia.
A guerra na Ucrânia expôs a excessiva dependência energética da UE face à Rússia, que é responsável por cerca de 45% das importações de gás europeias. A Rússia também fornece 25% do petróleo e 45% do carvão importado pela UE.
Também acentuada pela guerra foi a crise alimentar mundial, numa altura em que a Rússia bloqueia a saída de cereais que estão em armazéns na Ucrânia.
Estima-se que até 50 milhões de pessoas no mundo, particularmente em África e no Médio Oriente, passem fome nos próximos meses se não se conseguir libertar os cereais ucranianos, que representam uma parte considerável da oferta mundial.
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