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Presidente norte-americano volta a pressionar Zelensky a aceitar plano de paz

Donald Trump insiste na necessidade do homólogo dar um passo em frente no sentido da paz na Ucrânia

23 de novembro de 2025 às 01:30

Donald Trump voltou a pressionar Volodymyr Zelensky para aceitar o plano de paz para a Ucrânia proposto esta semana pela sua Administração. Foi depois do encontro com o novo mayor de Nova Iorque, Zohran Mamdani, que o líder republicano insistiu na necessidade de Zelensky dar um passo em frente no sentido da paz. “Acreditamos que temos uma maneira de alcançar a paz. Ele terá que aprová-la”, começou por referir o Presidente dos EUA, para logo de seguida acrescentar: “Vai ter que gostar, e se não gostar, então que continue a lutar. Em algum momento Zelensky terá que aceitar algo. Lembram-se quando eu há uns tempos disse que ele não tinha as cartas na manga? Eu herdei esta guerra. Acho que ele deveria ter feito um acordo há um ano ou dois”, criticou Trump.

O Presidente ucraniano reconheceu a gravidade da situação, mas ainda não deu a conhecer a decisão a tomar.

A pressão sobre a Ucrânia está agora no seu ponto mais intenso. “A Ucrânia pode estar diante de uma escolha muito difícil: ou a perda da dignidade, ou o risco de perder um parceiro fundamental [EUA]”, afirmou o Presidente ucraniano.

Zelensky tem estado em contacto com os seus principais aliados europeus, França, Alemanha e Reino Unido, bem como a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e a sua vice-presidente e chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, que se têm manifestado contra o acordo. Consideram, por um lado, que a Ucrânia e a própria União Europeia terão de ser ouvidas antes da elaboração de qualquer proposta e que o documento apresentado pelos EUA apenas serve os interesses de Moscovo.

Putin já o considerou, de resto, uma boa base de trabalho para alcançar a paz e manifestou abertura para iniciar as negociações, criticando o facto de a Ucrânia, na sua opinião, estar contra qualquer acordo.

A cedência de parte do território, que corresponde sensivelmente ao território conquistado pela Rússia ao longo dos perto de quatro anos de conflito, é visto por Kiev como o principal obstáculo para aceitar a proposta dos EUA, mesmo que contemple importantes contrapartidas, como total garantia de segurança e um “poderoso pacote de ajuda financeira” com vista à reconstrução do país.

A perda de território seria uma derrota para a Ucrânia e um prémio para o invasor. Trump contrapõe, alegando que a Ucrânia está a perder terreno de dia para dia e que está cada vez em maiores dificuldades, com tudo o que isso implica: mais mortes, mais destruição. Pretende, por isso, uma decisão rápida por parte de Zelensky, deixando pelo caminho uma ameaça: a de os EUA suspenderem a ajuda a Kiev.

E TAMBÉM

Ataque

A Rússia atacou na sexta-feira à noite o Norte, Sul e Leste da Ucrânia com um míssil balístico e 104 drones de ataque, que atingiram sete locais. As defesas aéreas ucranianas conseguiram abater 89 drones do tipo Shahed de tecnologia iraniana e Gerbera.

Encontro

Donald Trump recebeu o recém-eleito presidente da Câmara de Nova Iorque na Casa Branca na sexta-feira, num encontro marcado por sorrisos, elogios e pelo que parece ser o fim das hostilidades entre a Administração federal e a maior cidade do país.

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“Pode simplesmente dizer sim”: Trump brinca com Mamdani após pergunta sobre ser fascista

VÍDEO: AP

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