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Ucrânia acusa militares russos de violar menina de quatro anos e mãe em frente ao pai

Governo russo de Vladimir Putin nega as atrocidades.
Correio da Manhã 15 de Março de 2023 às 12:24
Brovary. Destroços de um tanque russo junto a uma estrada nos arredores da capital ucraniana
Brovary. Destroços de um tanque russo junto a uma estrada nos arredores da capital ucraniana FOTO: SERGEY DOLZHENKO/EPA

A Ucrânia acusou dois soldados russos de violar uma menina de quatro anos e de violar a mãe desta em frente ao pai.

Segundo a agência Reuters, o pai foi espancado com uma panela de metal e depois forçado a ajoelhar-se enquanto a mulher era violada em grupo. Um dos soldados disse à menina de quatro anos que "faria dela uma mulher" antes desta ser abusada, segundo os documentos de acusação ucranianos.

De acordo com ficheiros a que a Reuters teve acesso, os incidentes aconteceram entre uma onda de crimes sexuais cometidos por soldados russos em quatro casas do distrito de Brovary, perto da capital Kiev, em março de 2022.

Após a invasão da Rússia à Ucrânia, a 24 de fevereiro, os soldados entraram em Brovary alguns dias depois, utilizando a violência sexual como tática para aterrorizar a população, disseram os procuradores ucranianos.

A maioria das alegadas atrocidades teve lugar a 13 de março, quando os soldados "num estado de intoxicação alcoólica, invadiram o pátio da casa onde vivia uma jovem família", acrescentaram.

O gabinete do Procurador-Geral da Ucrânia disse estar a investigar mais de 71 mil relatórios de crimes de guerra recebidos desde que a Rússia enviou dezenas de milhares de tropas à Ucrânia.

Segundo a mesma fonte, os investigadores ucranianos sabem que a probabilidade de encontrar e punir os suspeitos é baixa, mas há também esforços internacionais para perseguir crimes de guerra, incluindo pelo Tribunal Penal Internacional.

Até à data, os procuradores ucranianos condenaram 26 russos por crimes de guerra, dos quais um foi por violação.

O governo russo de Vladimir Putin nega as atrocidades.

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