Os países da ASEAN têm sido reservados face à invasão russa, condenando a guerra, mas tentando evitar atribuir culpas.
A Ucrânia formalizou esta quinta-feira, em Phnom Penh, as suas relações com a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), que o chefe da diplomacia ucraniano, Dmytro Kuleba, considerou importante para combater a agressão russa contra Kiev.
Kuleba assinou o instrumento de acesso ao Tratado de Amizade e Cooperação do Sudeste Asiático com a presidência da ASEAN, exercida atualmente pelo Camboja.
"A ASEAN (...) oferece grandes oportunidades para o comércio, e o apoio político dos países da ASEAN é importante para combater a agressão russa", disse Kuleba, em declarações divulgadas na página do seu ministério na Internet.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro deste ano, desencadeando uma guerra que mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Além do Camboja, integram a ASEAN Brunei, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Myanmar (antiga Birmânia), Singapura, Tailândia e Vietname.
Os países da ASEAN têm sido reservados face à invasão russa, condenando a guerra, mas tentando evitar atribuir culpas.
Oito dos 10 países do bloco regional votaram a favor da resolução da Assembleia Geral da ONU que condena a Rússia, com a abstenção do Vietname e do Laos.
A ASEAN reúne-se em cimeira em Phnom Penh até domingo, no arranque de uma maratona diplomática que levará à região vários dirigentes mundiais para discutir, entre outras questões, a guerra na Ucrânia e a sua repercussão global.
À ASEAN, segue-se a cimeira do grupo das economias mais desenvolvidas (G20), na ilha indonésia de Bali, na terça e na quarta-feira (15 e 16), e uma reunião da APEC (Cooperação Económica Ásia-Pacífico), em Banguecoque, até 19.
Estas reuniões surgem quando a Rússia procura novos mercados para os seus produtos energéticos para contrariar os efeitos das sanções ocidentais por ter invadido a Ucrânia, segundo a agência norte-americana AP.
Em Phnom Penh, estarão, entre outros, o secretário-geral da ONU, António Guterres, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, em representação do líder Xi Jinping.
A Rússia vai enviar o ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, que também ira a Bali, depois de ter sido confirmada a ausência do Presidente Vladimir Putin na cimeira do G20.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, deverá discursar na ASEAN por videoconferência, após ter sido convidado pelo primeiro-ministro do Camboja, Hun Sen, anfitrião da cimeira.
Kuleba disse que a diplomacia ucraniana iniciou a adesão ao tratado com a ASEAN em 2017, "mas o processo foi lento".
As negociações avançaram depois de Kiev "ter identificado a Ásia como uma das prioridades da política externa, em 2020".
Kuleba disse que após a entrada em vigor do acordo, a Ucrânia e a ASEAN "terão um quadro legal para manter contactos políticos, económicos, culturais e humanitários regulares e desenvolver projetos mutuamente benéficos".
Para o efeito, anunciou a nomeação de um representante permanente da Ucrânia junto da ASEAN em breve.
"A adesão ao tratado desta poderosa associação trará benefícios concretos para o Estado, empresas e cidadãos ucranianos", disse Kuleba, referindo-se ao mercado de mais de 660 milhões de pessoas da ASEAN.
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