Atualização sobre a linha da frente na Ucrânia decorreu num momento em que é discutido um plano de paz apresentado pelos Estados Unidos.
As forças ucranianas reivindicaram esta sexta-feira a libertação de mais de 430 quilómetros quadrados a norte de Pokrovsk, na região leste de Donetsk, como resultado de uma contraofensiva à ocupação por Moscovo.
A informação sobre a contraofensiva no setor de Dobropillia foi adiantada numa reunião do Comité Militar da União Europeia pelo Comandante-Chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Oleksandr Syrskyi, de acordo com uma publicação na rede social Facebook citada pela agência de notícias Ukrinform.
A reunião foi presidida pelo general Sean Clancy e Syrskyi falou por videoconferência, informando os participantes sobre a situação atual na linha da frente.
Desde o final de agosto até outubro deste ano, apesar da pressão de Moscovo, as Forças de Defesa ucranianas conseguiram conduzir contraofensivas no setor de Dobropillia, Donetsk, frisou Syrskyi.
O resultado da contraofensiva foi a divisão do agrupamento russo, que sofreu perdas que totalizam mais de 13.000 mortos e feridos, ainda de acordo com a mesma fonte.
O Ukrinform noticiou que ocorreram na quinta-feira 173 confrontos entre as forças russas e ucranianas, 59 no setor de Pokrovsk.
Syrskyi realçou que a situação operacional-estratégica permanece complexa e que as forças russas continuam "a atacar as cidades pacíficas da Ucrânia e as infraestruturas energéticas, ao mesmo tempo que intensificam as ações ofensivas ao longo da linha de contacto".
Desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022, as forças russas lançaram mais de 112.000 drones de ataque Shahed, visando edifícios residenciais e infraestruturas civis, resultando na morte de crianças e civis, sublinhou ainda.
Syrskyi expressou ainda gratidão aos governos e aos povos dos Estados-membros da UE, bem como à liderança da UE, pelo seu contributo no apoio à Ucrânia na sua luta contra os invasores russos.
Agradeceu em concreto a implementação da iniciativa PURL (lista de necessidades prioritárias da Ucrânia), um mecanismo coordenado pela NATO e por Washington para financiar a compra de armamento norte-americano que Kiev designou como essencial, nomeadamente equipamento de defesa aérea e munições.
Destacou ainda a importância da Missão de Assistência Militar da União Europeia à Ucrânia (EUMAM), uma iniciativa multinacional que desempenha um papel significativo na formação de militares ucranianos.
"A determinação e a união dos nossos parceiros continuam a ser cruciais para alcançarmos uma paz justa e duradoura. Só uma posição firme e consolidada da comunidade internacional pode obrigar o agressor a pôr fim à guerra", frisou Syrskyi.
A atualização sobre a linha da frente na Ucrânia decorreu num momento em que é discutido um plano de paz apresentado pelos Estados Unidos e que Kiev considerou favorecer a Rússia.
O plano da Casa Branca corresponde às principais exigências russas, ao prever que Kiev retire as suas tropas das áreas que ainda controla no Donbass, região no leste do país que inclui as províncias de Lugansk e Donetsk, uma substancial redução do seu efetivo militar e a renúncia à adesão da NATO, em troca de garantias de segurança para prevenir uma nova agressão russa.
Volodymyr Zelensky avisou que este "é um dos momentos mais difíceis e de maior pressão" da história da Ucrânia, que se confronta com "escolhas muito difíceis", declarando que não trairia o seu país.
"Apresentarei argumentos, persuadirei e proporei alternativas", disse o líder ucraniano numa declaração por vídeo à nação.
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