Atletas olímpicos aderem ao OnlyFans

Existem cada vez mais atletas a vender imagens do seu corpo na plataforma de conteúdos para adultos OnlyFans, de forma a financiar os seus sonhos de conquistar uma medalha nos Jogos Olímpicos. Apesar do seu talento nas respetivas modalidades desportivas, muitos deles lutam para sobreviver, sem poder contar com o apoio de organizações como o Comité Olímpico Internacional (COI).

Jack Laugher, campeão olímpico de mergulho da Grã-Bretanha, que em Paris participou pela quarta vez nos Jogos Olímpicos - conquistou ouro e prata no Rio de Janeiro (2016) e bronze em Tóquio (2020), diz que é “uma forma muito, muito boa de ganhar algum dinheiro extra”. “Tenho algo que as pessoas desejam e terei todo o prazer em tentar vendê-lo”, disse ao ‘Daily Mail’. Robbie Manson (remo), da Nova Zelândia, Alysha Newman (salto à vara), do Canadá, e Timo Barthel (salto ornamental), da Alemanha, são outros atletas que aderiram ao OnlyFans para garantir a sua presença em Paris.

Newman, por exemplo, usou o dinheiro que ganhou na plataforma para comprar uma casa e dedicar-se exclusivamente aos treinos. “Os atletas amadores nunca conseguem ganhar muito dinheiro. Tive de recorrer às minhas habilidades empreendedoras”, afirmou.

Já o australiano Matthew Mitcham (salto ornamental), o primeiro medalhista de ouro olímpico assumidamente gay, disse que “é um privilégio ver um corpo que tem seis horas de trabalho todos os dias, seis dias por semana”.

Questionado numa conferência de imprensa sobre esta tendência, Mark Adams, porta-voz do COI, desvalorizou: “Presumo que os atletas, como todos os cidadãos, têm permissão para fazer o que podem.”