São 37 atletas em 73 a disputar um número superior de eventos: 33 contra 28, numa lista que inclui ainda seis provas mistas.
Os anunciados Jogos Olímpicos da paridade sê-lo-ão também para a Missão portuguesa, que pela primeira vez na história terá mais mulheres do que homens entre os 73 atletas que vão representar o país em Paris2024.
Nação da 'liberdade, igualdade e fraternidade', a França tornou a paridade uma das bandeiras destes Jogos Olímpicos, os terceiros que organiza em Paris, um desafio proposto pelo Comité Olímpico Internacional (COI) e abraçado também pelo Comité Olímpico de Portugal (COP), que no contrato-programa assinado com o Governo estabeleceu como objetivo "disputar o número de eventos de medalhas de forma equitativa em termos de género".
Depois de apresentar o maior número de mulheres de sempre em Tóquio2020, com 36 (numa delegação de 92 atletas, o que equivaleu a uma representação de 39,1%), Portugal deu um passo em frente, já que nestes Jogos serão elas em maioria.
São 37 em 73, ou seja, 50,7% da Missão, disputando também um número superior de eventos: 33 contra 28, numa lista que inclui ainda seis provas mistas.
"É um motivo de satisfação num objetivo que pretendíamos cumprir e que está em linha com aquilo que são as preocupações do Comité Olímpico Internacional", salientou o presidente do COP, José Manuel Constantino, em entrevista à agência Lusa, com o chefe de Missão, Marco Alves, a descrever estas percentagens históricas como "uma vitória".
Liderada pela porta-estandarte Ana Cabecinha, a marchadora que vai para a quinta participação olímpica, tal como a canoísta Teresa Portela -- e os mesatenistas Marcos Freitas e Tiago Apolónia -, a delegação portuguesa tem mulheres em maioria no atletismo (13 em 22) e no judo (cinco em sete), além de representantes únicas no breaking (Vanessa Marina), no surf (Yolanda Hopkins e Teresa Bonvalot) e no tiro com armas de caça (Maria Inês Barros).
Além da composição paritária da delegação portuguesa em Paris2024, que mereceu elogios da sociedade civil, nomeadamente da Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres, as percentagens contam outras histórias, como a dos estreantes (50,7%), também eles em maioria.
São 37 os atletas que vão cumprir, pela primeira vez, o sonho de estar nuns Jogos Olímpicos, como o jovem ginasta Gabriel Albuquerque, que, aos 18 anos, é o mais novo de uma Missão cuja média etária é de 28,8 -- em Tóquio2020 foi de 29,5.
Do lado oposto, com 45 anos, está a mesatenista Fu Yu, uma de três atletas com mais de 40 anos e uma entre os 10 naturalizados que compõem a delegação olímpica portuguesa, sendo Agate de Sousa, bronze no salto em comprimento nos Europeus, a última a juntar-se a este grupo.
A comitiva lusa na capital francesa, que vai competir em 15 modalidades, integra três medalhados olímpicos, precisamente os de Tóquio2020 -- falta Patrícia Mamona, lesionada -, com o campeão do triplo salto Pedro Pichardo, o judoca Jorge Fonseca e o canoísta Fernando Pimenta, à procura de tornar-se no primeiro a conquistar três medalhas, a serem as maiores referências desta Missão, a mais curta desde Sydney2000, onde estiveram 64 portugueses.
Os Jogos Olímpicos Paris2024 arrancam na sexta-feira, com a cerimónia de abertura, no rio Sena, e terminam em 11 de agosto.
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