Lisboa vai ter zonas sem automóveis, trotinetas e bicicletas durante a JMJ
Evento decorre de 1 a 6 de agosto em Lisboa.
Os "elevados fluxos pedonais" na cidade de Lisboa durante os dias da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) podem condicionar a circulação automóvel em algumas artérias da cidade, que vão estar sem carros, trotinetas e bicicletas, foi esta sexta-feira anunciado.
De acordo com o Plano de Mobilidade para a JMJ, que foi esta sexta-feira apresentado em Lisboa, "os elevados fluxos pedonais esperados, bem como a necessidade de acomodar o estacionamento de autocarros de aluguer de peregrinos", vão obrigar à reorganização da cidade.
Nesse sentido, foram identificados locais onde poderão existir condicionamentos à circulação rodoviária em função da pressão pedonal, sobretudo no eixo entre o Terreiro do Paço e o Parque Eduardo VII.
À semelhança do plano apresentado na terça-feira pela Câmara de Lisboa, está igualmente delimitada uma zona mais alargada, que também terá alguns condicionamentos, mas menos rigorosos.
Na apresentação hoje [esta sexta-feira] do plano de mobilidade, o diretor nacional da PSP, Magina da Silva, anunciou que na zona "vermelha", a mais rigorosa, além de automóveis, também não serão permitidas trotinetas e bicicletas.
Questionado sobre os moradores, o diretor nacional da PSP disse que terão um 'salvo conduto' para poderem circular, mas terão de fazer prova de residência.
"Será algo parecido com o que foi feito aquando da [pandemia de] covid", afirmou.
Os planos de segurança e mobilidade para a JMJ foram esta sexta-feira apresentados em Lisboa na presença da ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, do coordenador do Grupo de Projeto para a JMJ, José Sá Fernandes, e do secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, Paulo Vizeu Pinheiro.
Mais de um milhão de pessoas são esperadas em Lisboa para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), com o Papa Francisco, de 1 a 6 de agosto.
O Papa, primeiro a inscrever-se na JMJ, chega a Lisboa no dia 2 de agosto, tendo prevista uma visita de duas horas ao Santuário de Fátima no dia 5 para rezar pela paz e pelo fim da guerra na Ucrânia.
Considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, a jornada nasceu por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso de um encontro com jovens em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.
As principais cerimónias da jornada decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures, e no Parque Eduardo VII, no centro da capital.
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