O mistério de Fátima
O peregrino Mario Bergoglio merecia outra receção em Fátima.
O que aconteceu em Fátima é o grande mistério desta Jornada Mundial da Juventude. Por que razão estava o santuário mariano da Cova da Iria tão vazio, tão despido? Qualquer peregrinação aniversária reúne maior número de fiéis, mesmo retirando da equação o 13 de Maio e o 13 de Outubro. Já para não falar das multidões que sempre seguiram o Santo Padre em Fátima, como aconteceu com Paulo VI, João Paulo II, Bento XVI e o próprio Papa Francisco, em 2017. O que se viu ontem nem sequer foi uma amostra. Foi um verdadeiro ‘flop’. É verdade que havia gente nas ruas, mas ninguém imaginava um recinto de oração tão pouco preenchido.
Talvez os jovens tenham preferido ficar em Lisboa para abraçar o Papa no Parque Tejo; talvez a organização não tenha disponibilizado meios para se deslocarem a Fátima; talvez o anúncio de um santuário a abarrotar, em que se previam 500 mil pessoas, tivesse afastado os que queriam ver o Papa no Altar do Mundo. Talvez. Um mistério é isso mesmo, nunca se saberá ao certo o que aconteceu, mas o peregrino Mario Bergoglio, que fez questão de colocar Fátima na agenda da JMJ e rezar aos pés da Imagem de Nossa Senhora, merecia outra receção. “A Capelinha onde nos encontramos constitui uma bela imagem da Igreja”, disse. Pena que não tenha sido também a bela imagem da Jornada Mundial da Juventude que todos esperavam.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt