André Ventura diz ter "99% de garantia e certeza" de que direita formará governo se tiver maioria

"Não vamos estar reféns de Luís Montenegro para ter uma alternativa ao socialismo", defendeu o líder do Chega.

05 de março de 2024 às 21:00
André Ventura, líder do Chega Foto: Nuno Veiga/ Lusa
Partilhar

O líder do Chega disse, esta terça-feira, ter "99% de garantia e certeza" de que a direita vai formar governo se tiver maioria e admitiu que o líder do PSD poderá ser afastado, mas manteve o tabu sobre as suas fontes.

"Eu vou repetir estas palavras que são minhas e só a mim me responsabilizam. Se houver maioria parlamentar à direita, eu tenho 99% de garantia e de certeza de que vai haver um governo à direita", afirmou André Ventura, indicando que ainda ouviu "pessoas do PSD dizer isso" e "não é nada de novo".

Pub

Em declarações aos jornalistas no final de uma arruada em Évora, o presidente do Chega disse que "se alguém tiver que sair, será Luís Montenegro".

Ventura voltou a recusar adiantar quem lhe deu essa garantia, dizendo apenas que na segunda-feira falou "com várias pessoas", mas não disse quem.

Pub

"Tenho 99% de garantia e de certeza que haverá um governo à direita e eu quero deixar, eu não me quero desviar disto um segundo e assumo as minhas palavras, haverá um governo à direita. Podem votar à direita, se alguém tiver que sair não será a direita, será Luís Montenegro", salientou.

O presidente do PSD tem rejeitado fazer qualquer acordo de governação com o Chega após as eleições legislativas de domingo, garantindo que "não é não". Luís Montenegro disse também que só será primeiro-ministro se vencer as eleições.

"Não vamos estar reféns de Luís Montenegro para ter uma alternativa ao socialismo", defendeu esta terça-feira André Ventura, defendendo que existe "uma hipótese histórica de ter um governo alternativo" e "só um tonto é que não o fará e deixará o PS a governar".

Pub

E insistiu que "se alguém tiver que sair, será Montenegro", e "não será o Chega nem será o PSD".

Questionado sobre quem tirará o líder do PSD do cargo, indicou que "certamente que aqueles que acreditam que tem que haver um governo à direita o farão", escusando concretizar.

O líder do Chega justificou também ter introduzido este assunto na campanha porque "as pessoas têm agora de decidir".

Pub

"As sondagens mostram que Chega e PSD terão maioria, e muito eleitorado pergunta-se assim 'vale a pena votar na direita, ou vale a pena, para dar estabilidade, votar no PS'? E a garantia que eu lhes estou a dar, e serei responsabilizado por ela, é que haverá uma alternativa à direita. Eu estou a assumir essa garantia e lutarei por ela", disse.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar