PAN afirma que PS e AD não são alternativa para o país

Inês Sousa Real assinalou ainda que a maioria absoluta de António Costa "foi uma oportunidade perdida para os avanços que o país poderia ter feito".

03 de março de 2024 às 11:39
Inês Sousa Real, líder do PAN Foto: Nuno Veiga/Lusa
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A porta-voz do PAN considerou este domingo que PS e PSD não são uma alternativa para o país e afirmou que a maioria absoluta do Governo socialista foi uma oportunidade perdida e que a AD apresenta um revivalismo do passado.

"Não nos revemos naquilo que tem sido a agenda da Aliança Democrática, que tem sido uma agenda que, de alguma forma, vem trazer um revivalismo, quer do ponto de vista das opções públicas para o emprego, quer também das questões sociais tão relevantes como o subsídio de desemprego para as pessoas ou até mesmo em matéria de igualdade de género", afirmou Inês Sousa Real.

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A dirigente assinalou ainda que a maioria absoluta de António Costa "foi uma oportunidade perdida para os avanços que o país poderia ter feito".

"Teria sido muito importante que durante a maioria absoluta, durante esta última legislatura que agora estamos a encerrar, o PS tivesse aproximado medidas com as que o PAN apresentou em defesa precisamente dos direitos humanos das mulheres", salientou Inês Sousa Real, referindo, ainda assim, que "há uma certa aproximação" do PAN ao PS em algumas matérias.

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A cabeça de lista do PAN por Lisboa às eleições legislativas de dia 10 falava hoje de manhã aos jornalistas, à margem de uma ação de campanha no Passeio Marítimo de Oeiras, antes de se dirigir para uma iniciativa no Mercado de Algés. 

"Aquilo que tem existido é um trabalho para que o PS se aproxime das medidas que o PAN tem reivindicado e, infelizmente, nem sempre isso aconteceu", realçou.

A responsável lembrou ainda que hoje se assinala o dia mundial da vida selvagem e alertou para necessidade de se combater e de se travar a perda da biodiversidade.

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"Há muitas matérias em que o PAN procurou fazer avanços, quer limitar a caça das raposas à paulada, quer garantir serviços de ecossistemas, ou até uma maior proteção e reconhecimento das áreas protegidas no nosso país - queremos que até 2030 haja pelo menos 33% do território classificado como tal. E, no entanto, o PS desperdiçou a maioria absoluta, demonstrando que um voto útil não é um voto útil nem numa maioria absoluta, nem nos partidos que têm oscilado no poder, PS e PSD, mas sim em forças políticas como o PAN", assinalou Inês Sousa Real.

Apelando ao voto dos eleitores, a líder do PAN exaltou que o partido tem "capacidade de fazer a diferença" e de "romper com o bipartidarismo" dos dois maiores partidos nacionais.

"PS e PSD já deixaram claro que não são uma alternativa, seja em matéria de direitos humanos, seja em matéria dos apoios sociais", acusou, lembrando os comentários dos antigos primeiros-ministros sociais-democratas Aníbal Cavaco Silva e Pedro Passos Coelho.

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"Trazer o revivalismo de Cavaco Silva, quando sabemos o que custou ao país, (...) quer o Passos Coelho, com as medidas da 'troika', que foi além daquilo que era exigido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).... Nós sabemos que tudo isso não são soluções que o país precisa", atentou.

Sobre uma notícia da TVI que aponta que a Entidade das Contas e Financiamentos Políticos encontrou no Chega indícios de incumprimento da lei dos donativos e eventuais financiamentos proibidos nas eleições relativas a 2019, a dirigente considerou a situação "absolutamente vergonhosa".

"Eu recordo que um voto de protesto nestas forças políticas é dar mais dinheiro a quem não cumpre a lei e dar mais dinheiro a quem vem trazer também retrocessos civilizacionais para o nosso país", sustentou.

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Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no dia 10 para eleger 230 deputados à Assembleia da República.

A estas eleições concorrem 18 forças políticas - 15 partidos e três coligações.

  

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