Declaração foi feita no seu discurso deste sábado no comício do PS no Porto.
O cabeça de lista socialista pelo Porto, Francisco Assis, afirmou este sábado esperar que o primeiro-ministro cessante, António Costa, seja escolhido para presidente do Conselho Europeu, sucedendo no cargo ao belga Charles Michel.
A declaração de Francisco Assis foi feita logo no início do seu discurso no comício do PS no Porto, que enche o pavilhão Rosa Mota, em que o ex-líder socialista António Costa está presente (sentado ao lado do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva) e vai usar da palavra antes do secretário-geral, Pedro Nuno Santos.
"Como cidadão português e europeu, desejo que António Costa seja o próximo presidente do Conselho Europeu", declarou Francisco Assis, antigo eurodeputado socialista, recebendo uma salva de palmas.
Neste discurso, Francisco Assis sublinhou que o PS é um partido que tem convergências e divergências, mas, "nas horas essenciais", sabe estar junto.
"E hoje aqui estamos todos juntos, porque temos consciência de que este é um momento fundamental para o nosso país. O PS tem orgulho no seu passado e projeta uma enorme confiança e uma grande ambição no futuro", declarou.
O cabeça de lista pelo Porto sublinhou que o PS foi decisivo para a construção da democracia portuguesa "em todas as suas dimensões", seja de uma democracia constitucional logo a seguir ao 25 de Abril, seja na "construção, afirmação e manutenção de um Estado social que é garante de uma verdadeira democracia, económica, social e cultural".
"E se há coisa que nós hoje podemos perceber é que muito dificilmente a democracia política subsiste se não estiver acompanha de um alto grau de democracia económica, social e cultural", frisou.
Neste ponto, Francisco Assis abordou o que considerou ser uma "infame acusação" que disse que tem sido veiculada pelos adversários do partido e que "consiste em dizer que o PS é um partido que motiva o assistencialismo e que deliberadamente pretende manter bolsas de pobreza em Portugal com o intuito de obter créditos eleitorais".
"Isso não só é uma mentira, é uma verdadeira calúnia que não podemos aceitar de forma alguma", defendeu, gerando um longo aplauso na plateia.
O antigo líder parlamentar socialista e ex-presidente do Conselho Económico e Social (CES) defendeu ainda que o PS é o "partido da liberdade, da igualdade e da oportunidade", tendo solidificado uma "política de educação que transformou radicalmente o país".
"Se hoje há tantos jovens portugueses que saem de Portugal, é porque estão muito qualificados e essa qualificação resulta da grande aposta que o PS fez na educação, na formação, na qualificação das pessoas", afirmou.
Francisco Assis destacou ainda que, com o PS, a economia sofreu uma mutação "muito significativa" e o partido está empenhado a continuar a modernizar a economia, "a articulação entre o público e o privado".
"O PS não aceita essa ideia de que nós somos um partido estatizante. Se nós fossemos um partido estatizante, provavelmente já se saberia, porque nós já governámos tantos anos... Se fossemos, já se saberia que éramos um partido soviético e estatizante", afirmou.
O PS, segundo Assis, é "um partido que valoriza a iniciativa privada, só que não que dogmatiza o mercado, como não dogmatiza o Estado.
"Somos um partido que considera essencial a articulação entre o público e o privado", declarou.
Depois de destacar a aposta do PS na cultura e também na saúde, apesar de reconhecer que ainda há "coisas por fazer", Francisco Assis disse não se recordar de, desde os primeiros anos do pós-25 de Abril, um "comício tão grande" como o comício deste sábado no pavilhão Rosa Mota, e deixou um apelo à mobilização dos indecisos nos últimos oito dias de campanha.
"Destes oito dias vão depender milhares de dias para as portuguesas e para os portugueses. Vamos com força, com confiança, com empenhamento, vamos fazer campanha pelo PS, por Pedro Nuno Santos e ele vai ser o próximo primeiro-ministro de Portugal", concluiu.
No primeiro discurso do comício, do presidente da Federação do Porto do PS, Eduardo Vítor Rodrigues, afirmou que António Costa é um motivo de"orgulho" para os socialistas, porque "é o melhor primeiro-ministro desde o 25 de Abril".
"Combateu a crise, recusou a austeridade e fez crescer o país. Foi um cientista que mostrou que a teoria original da direita está errada", declarou o presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, recebendo muitas palmas.
Eduardo Vítor Rodrigues leu mensagens dos presidentes das câmaras de Lisboa, Carlos Moedas, de Cascais, Carlos Carreiras, e do Porto, Rui Moreira, a elogiar Pedro Nuno Santos quando foi ministro das Infraestruturas e da Habitação ou o Governo socialista.
"Os dois queremos fazer acontecer. Somos fazedores", disse Carlos Moedas sobre Pedro Nuno Santos, citado pelo líder da Federação do PS do Porto.
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