"Eu garanto-vos que o choque de dignidade não será um choque salarial nem fiscal, será o choque do maior aumento de pensões que Portugal alguma vez teve", refere o presidente do Chega.
O presidente do Chega, André Ventura, prometeu esta terça-feira a fazer o "maior aumento de pensões" se for governo, defendendo que será possível com uma melhor gestão dos dinheiros públicos.
"Eu garanto-vos que o choque de dignidade não será um choque salarial nem fiscal, será o choque do maior aumento de pensões que Portugal alguma vez teve. Têm a minha promessa, têm o meu sangue e têm o meu compromisso político", afirmou o líder do Chega.
Num pequeno discurso no final de uma arruada no centro da cidade de Braga, André Ventura afirmou que o Chega não vai "ser como o PS e o PSD", que estão a "discutir quem é que não vai cortar pensões".
"Eu quero-vos deixar a garantia política, com todo o meu empenho nisso, não haverá maior missão para mim do que esta, do que permitir que os nossos pais, os nossos avós, vivam num país com dignidade", afirmou.
O presidente do Chega recusou também críticas de que a proposta do Chega para equiparar as pensões mais baixas ao valor do salário mínimo nacional, aumentando de forma faseada, "será de difícil realização".
"Nos primeiros três anos, nós queremos equiparar todas as pensões ao valor do IAS, o custo disso é de 1,6 mil milhões de euros. Todos os anos no Ministério da Saúde desperdiçam-se dois a três mil milhões de euros. Agora digam-me lá se não podemos gerir um bocadinho melhor e aumentar as pensões em Portugal", defendeu.
"Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro passam agora a vida a discutir o choque salarial ou o choque fiscal, o nosso choque é diferente, nós vamos dar um choque de dignidade a este país de forma a que não haja um pensionista na pobreza", prometeu.
André Ventura citou interações que teve ao longo do percurso da arruada para dizer que existem pensionistas que recebem "200 euros, cento e poucos euros" e ex-combatentes com um "suplemento de pensão de 57 euros".
"Isto devia envergonhar-nos como país. Nos 50 anos do 25 de Abril, como é que permitimos ter pensões a este nível?", criticou, defendendo que "não há nenhum líder que se possa sentir bem a gerir ou a liderar um país com este tipo de pensões".
""Como é que neste país se pode viver com pouco mais de 200 euros por mês aos preços a que as coisas estão? Todos os anos ouvimos falar de aumentos de reformas, subvenções vitalícias dos políticos, ouvimos falar de gastar dinheiro em todo o lado, menos onde verdadeiramente interessa", criticou também.
O líder do Chega considerou que "combater a pobreza nas reformas" deve ser "um desígnio para todos".
"Porque ninguém tendo 18 anos, ou 16, ou 20, ou 40 ou 50, se sentirá bem a viver num país em que aqueles que estiveram antes de nós, hoje não têm dinheiro para comprar alimentos ou não têm dinheiro para comprar medicamentos", sustentou.
André Ventura dirigiu-se depois aos lesados do BES, que voltaram a marcar presença na arruada do Chega em Braga, depois de o terem feito também no Porto.
Perante estas pessoas, que ouviam o seu discurso com cartazes na mão, o presidente do Chega disse que "eles têm razão" em protestar porque "perderam as suas poupanças todas, perderam tudo aquilo em que investiram para que outros estejam a viver em palacetes e em palácios e tenham ficado com tudo".
"É esse país de impunidade que nós queremos acabar. Eu prometi a estes homens e mulheres uma coisa, se formos governo, se formos poder, a impunidade dos Ricardos Salgados, dos Rendeiros e dos Oliveiras desta vida vai acabar", disse.
O Chega fez hoje a segunda arruada (de um total de três) durante a campanha para as eleições legislativas de 10 de março.
Uma comitiva de algumas dezenas de apoiantes e candidatos do Chega, liderada pelo presidente do partido e pelo cabeça de lista no círculo de Braga (e deputado eleito pelo mesmo distrito), Filipe Melo, arrancaram do Arco da Porta Nova e percorreram algumas ruas do centro da cidade, passando pela Praça da República.
André Ventura foi abordado por alguns apoiantes, que lhe pediam fotografias e autógrafos e lhe deixavam palavras de apoio, como uma idosa que, emocionada, dizia "o melhor do mundo está aqui".
Houve também quem não gostasse de ver a comitiva do Chega, como um homem que gritou "lixo, lixo" à passagem do desfile e um jovem com um cartaz onde se lia "fascista, 25 de Abril sempre".
Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar em 10 de março para eleger 230 deputados à Assembleia da República.
A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.
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