"A direita atira-nos para o passado", referiu o porta-voz do Livre.
O porta-voz do Livre acusou esta quarta-feira a direita de querer reabrir debates que já foram encerrados, referindo-se à criminalização do aborto, considerando que seria interessante falar sobre um referendo à regionalização.
Em reação às declarações do vice-presidente do CDS, Paulo Núncio, que, num debate organizado pela Rádio Renascença, admitiu um novo referendo ao aborto, Rui Tavares manifestou-se convicto que não há na sociedade portuguesa nenhum pedido para reabrir esse debate e que foi encontrado um ponto de equilíbrio sobre este assunto.
O CDS integra a Aliança Democrática (AD), conjuntamente com o PSD e o PPM, às eleições legislativas de 10 de março.
Entretanto, o presidente do CDS-PP, Nuno Melo, salientou que um novo referendo ao aborto em Portugal não consta do acordo de coligação da Aliança Democrática, rejeitando que seja "tema para a próxima legislatura".
"A direita atira-nos para o passado e quer reabrir debates que já foram encerrados, eu acharia bastante interessante ouvir falar de fazer um referendo sobre a regionalização", afirmou o dirigente do Livre, que está esta quarta-feira em campanha na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Vila Real.
A AD não tem a regionalização no seu programa eleitoral para esta legislatura e, na terça-feira, o presidente do PSD acusou o PS de "lançar para o ar" a regionalização, sem um projeto concreto de competências e financiamento.
Na opinião de Rui Tavares, a "direita não gosta de falar do futuro, gosta de falar do passado".
"É nosso papel, todos os dias, desmontarmos esse recurso ao passado, ao medo, à divisão, perguntarmos aos nossos concidadãos, no fundo, o que queremos para o nosso país", salientou.
Rui Tavares disse que o país alcançou muitas conquistas nos 50 anos após o 25 de Abril, como a criação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e até o facto de ter sido um dos primeiros países do mundo a por o ambiente na Constituição.
"Nós temos que ter orgulho nele [país] e na nossa democracia. Conseguimos muita coisa nestes 50 anos, falta conseguir o resto, que os jovens possam voltar, sair desta armadilha dos salários baixos. A direita não tem propostas para estas coisas e, por causa disso, vai buscar falsos temas e pseudo temas", sublinhou.
O também cabeça de lista do Livre pelo círculo de Lisboa nas eleições legislativas de 10 de março voltou ao assunto imigração, que entrou na campanha após o discurso do antigo presidente do PSD Pedro Passos Coelho, na segunda-feira.
"Quando temos a direita a falar de imigração é porque não quer falar das propostas que tem para a economia. Não querem falar de emprego e então falam de imigrantes", frisou.
Acrescentou que os "jovens sabem de certeza que não foi um imigrante que cortou a pensão da avó nos tempos da troika, não foi um imigrante que lhes disse que tinham que emigrar, não foi um imigrante que lhes disse que os professores deviam sair da sua zona da conforto e que tínhamos professores a mais, foi a direita há 15 anos".
"Quando se traz a imigração para o debate público e se associa a imigração à insegurança o que está a fazer, na verdade, é criar mais insegurança", afirmou Rui Tavares.
Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar em 10 de março para eleger 230 deputados à Assembleia da República.
A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.
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