Barra Cofina

Correio da Manhã

Mais CM
9
Siga o CM no WhatsApp e acompanhe as principais notícias da atualidade Seguir

Meninas do 'Crazy Horse' trouxeram erotismo a Lisboa

No verão de 1979, o espetáculo de cabaret fez parar o trânsito.
José Carlos Marques 29 de Setembro de 2016 às 12:42
crazy horse, lisboa, espetáculo, 1979
crazy horse, lisboa, espetáculo, 1979
crazy horse, lisboa, espetáculo, 1979
crazy horse, lisboa, espetáculo, 1979
crazy horse, lisboa, espetáculo, 1979
crazy horse, lisboa, espetáculo, 1979
crazy horse, lisboa, espetáculo, 1979
crazy horse, lisboa, espetáculo, 1979
crazy horse, lisboa, espetáculo, 1979
crazy horse, lisboa, espetáculo, 1979
crazy horse, lisboa, espetáculo, 1979
crazy horse, lisboa, espetáculo, 1979
crazy horse, lisboa, espetáculo, 1979
crazy horse, lisboa, espetáculo, 1979
crazy horse, lisboa, espetáculo, 1979
crazy horse, lisboa, espetáculo, 1979
crazy horse, lisboa, espetáculo, 1979
crazy horse, lisboa, espetáculo, 1979
crazy horse, lisboa, espetáculo, 1979
crazy horse, lisboa, espetáculo, 1979
crazy horse, lisboa, espetáculo, 1979
crazy horse, lisboa, espetáculo, 1979
crazy horse, lisboa, espetáculo, 1979
crazy horse, lisboa, espetáculo, 1979

No Verão de 1979, Lisboa fervilhava com um novo espetáculo. O cabaret 'Crazy Horse' chegava a Lisboa com 14 beldades, incluindo "uma mão cheia de portuguesas". O espetáculo erótico assentou arraiais no teatro ABC, no Parque Mayer, por iniciativa do empresário Sérgio de Azevedo, o homem que tinha levado o striptease ao Frou Frou, no Campo Grande. Para promover o show erótico, com "mulheres em tronco nu", algumas das beldades desfilaram por Lisboa em biquíni, provocatoriamente deitadas sobre o capot de um Mercedes. E até a GNR se juntou à promoção do espetáculo, com militares a ajudar uma das beldades a subir para cima de um cavalo.

Cinco anos após a revolução política, a capital abraçava o erotismo. Com bilhetes que iam dos 100 escudos (50 cêntimos nos euros de hoje) aos 350$00 (1,75€) o espetáculo foi um sucesso. Joana Stichini Vilela lembra no seu livro LX 70 o que se escrevia na imprensa sobre as meninas. O Diário Popular, por exemplo descrevia assim as moças:  "Ao longe, quando deitadas, [as bailarinas] fazem lembrar uma terrinha repleta de raros e saborosos frutos tropicais que provocam um aumento substancial de saliva". Mais ousado, o cronista do Diário de Lisboa entusiasmou-se: "E na cabeça de outros, provavelmente, o poema, em dois simples versos, de um dos últimos livros de Fernando Grade: 'Não há tusa/ para tanta musa".

crazy horse lisboa espetáculo 1979 memória cm
Ver comentários
C-Studio