O cirurgião plástico Ivo Pitanguy perdeu a vida no sábado aos 93 anos, vítima de uma paragem cardiorrespiratória. O funeral do médico brasileiro vai decorrer este domingo no Rio de Janeiro. O corpo será cremado, detalha o site G1.
Mundialmente conceituado, Pitanguy tornou-se uma referência na área das cirurgias plásticas, tendo, ao longo do seu percurso, desenvolvido técnicas inovadoras na área da estética e da reconstrução.
Além da carreira médica, distinguiu-se, ainda, noutra área, tendo sido a quarta personalidade, depois de Medeiros e Albuquerque, Miguel Osório de Almeida e Luís Viana Filho, a ser eleita para a Academia Brasileira de Letras a 11 de outubro de 1990.
Um amante das letrasNo discurso proferido na ocasião, citou o espanhol Pablo Picasso. "Picasso dizia que há dois tipos de artista: Aquele que faz do sol uma simples mancha amarela e o que de uma simples mancha amarela faz o sol’. Creio que um escritor é quem transforma manchas amarelas em sóis: tanto é iluminado quanto ilumina. Tem luz própria", afirmou.
Nos últimos meses, o estado de saúde
do "papa" da cirurgia estética piorou. Em junho do ano passado foi hospitalizado para tratar de uma infeção. Em setembro, passou a submeter-se a sessões de hemodiálise depois de terem sido detetados problemas renais.
Recluso em casa, foi visto pela última vez em público na sexta-feira quando, já num estado debilitado e numa cadeira de rodas, transportou a tocha olímpica na Gávea, na zona sul do Rio de Janeiro, bairro onde está localizada a sua clínica de cirurgia plástica.
Ivo Hélcio Jardim de Campos Pitanguy nasceu a 5 de julho de 1923 em Belo Horizonte e deixa a mulher, Marilu, quatro filhos e cinco netos.