As casas de diversão nocturna dos distritos de Vila Real e Bragança foram passadas a pente fino, na madrugada de ontem, numa operação desencadeada pela PJ. Foram detidos onze homens, suspeitos de crimes de lenocínio, sequestro, tráfico de pessoas e auxílio à emigração ilegal.
O Tribunal de Mirandela teve mão pesada para Alfredo Augusto Palas, principal arguido e proprietário dos bares de alterne Palas Bar e Bar Clube da Soeira, condenando-o a nove anos de prisão efectiva, em cúmulo jurídico, pelos crimes de lenocínio (fomento da prostituição), sequestro, apoio à mão-de-obra ilegal e posse de armas proibidas. O empresário da noite ficou ainda obrigado a devolver ao Estado 729 mil euros que terá angariado com os crimes.
O Tribunal de Mirandela, em Bragança, condenou esta quinta-feira o principal arguido de uma rede de prostituição, Alfredo Palas, a nove anos de prisão.
A juíza Ana Peres, que preside ao julgamento do processo Casa Pia, vai deixar a Boa-Hora (8.ª Vara) e passar para o Tribunal Central de Instrução Criminal (‘Ticão’). O lugar de Ana Peres vai ser ocupado por Leonor Silveira Botelho, de acordo com o que informou ontem o Conselho Superior da Magistratura (CSM).
Terminou ontem em Mirandela a fase de audiência de julgamento para a auscultação de prova do processo dos bares de alterne ‘Palas Bar’ e ‘Bar Clube de Soeira’ que conta com oito arguidos.
O juiz de Círculo do Tribunal de Mirandela está a ser investigado pelo Conselho Superior de Magistratura (CSM), no seguimento de notícias que o colocavam como cliente VIP de casas de alterne. Em particular destaque está o Palas Bar, cujo proprietário e várias pessoas ligadas à casa enfrentam o Tribunal. O julgamento está a decorrer e o magistrado foi arrolado pelo Ministério Público como testemunha.
Cátia Silva, brasileira, é arguida no processo dos bares de alterne de Mirandela e Soeira. Conta, em exclusivo ao CM, como foi trabalhar para Alfredo Palas e relata o que apelida de tempos de terror. Em Março tentou suicidar-se. Hoje diz-se recuperada.
Sequestradas e agredidas. Foi este cenário que a brasileira Cátia Silva, arguida no processo dos bares de alterne de Mirandela e Soeira, Vinhais, descreveu ao colectivo, a quem contou os pormenores de funcionamento das casas, contrariando o depoimento do principal acusado e dono dos estabelecimentos, Alfredo Palas.
Continuou ontem em Mirandela o interrogatório, pelo terceiro dia consecutivo, a Alfredo Palas, principal arguido e proprietário das casas de alterne “Palas Bar” e “Bar Club da Soeira”. Quando confrontado com as escutas do seu telefone para o angariador no Brasil e para o taxista que fazia os transportes de França para Mirandela, a maioria das respostas do argudio variaram entre “não sei” e “não me lembro”.Ver + notícias
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