Religião: “Uma mudança de época”
Zelar pelo santo nome de Deus, pelo santo rosto do irmão e pela santa paz do mundo.
O Papa Francisco observa, lucidamente, que estamos a viver "não uma época de mudança mas uma mudança de época". São muitos os desafios humanos, sociais, culturais e, portanto, pastorais, com que a Igreja hoje se depara, tais como a globalização, a crescente urbanização e a revolução digital.
Sem nenhuma pretensão de sermos exaustivos, apresentamos três importantes desafios para a Igreja do presente e do futuro, a partir do pensamento e ação do Papa Francisco: zelar pelo santo nome de Deus, pelo santo rosto do irmão e pela santa paz do mundo.
1. Zelando pelo santo nome de Deus, a Igreja ama e serve a humanidade, que reconhece visitada, em cada dia, pelo amor misericordioso de Deus. Entretanto, recorda o Papa: "Mais do que o ateísmo, o desafio que hoje se nos apresenta é responder adequadamente à sede de Deus de muitas pessoas, para que não tenham de ir apagá-la com propostas alienantes ou com um Jesus Cristo sem carne e sem compromisso com o outro" (EG 89).
2. Zelar pelo santo rosto do irmão, no nosso tempo, em que cada um se considera a medida de tudo e frequentemente se olha o outro como coisa, meio ou rival (A. Wenin), impele a Igreja a propor, testemunhar e ensinar a viver a "arte cristã de amar", procurando oferecer razões de esperança a quem vive na tribulação.
À tentação muito humana e mundana de fechar-se em si mesma, o Papa Francisco contrapõe a imagem de uma Igreja "extrovertida", um autêntico "hospital de campanha", servidora da vida, que caminha com o coração e o passo dos mais frágeis, fazendo-se, como a samaritana, próxima de todos.
3. Ao zelar pela santa paz do mundo, a Igreja do futuro será uma Igreja de paz e de reconciliação, sinal e instrumento da ternura de Deus. Ao falarmos de paz, reconhecemos a sua estreita relação com a justiça, com a legalidade, com a honestidade e o respeito pelo meio ambiente. Aliás, a questão ecológica é cada vez mais decisiva para a humanidade pois, desde a II Guerra Mundial, sabemos aquilo de que o ser humano é capaz; desde Hiroshima, sabemos bem o que está em jogo (V. Frankl).
Sem medo de ir contracorrente, a Igreja deverá continuar a testemunhar e a proclamar a inviolabilidade da vida humana, desde a conceção até à morte natural, empenhando-se pela dignidade da pessoa humana em todas as circunstâncias.
Como cristãos, na senda do Papa Francisco, queremos assumir, hoje e no futuro, o compromisso de sermos discípulos-missionários de Jesus, felizes, fiéis, fiáveis e semeadores de esperança, oferecendo a todos a possibilidade de redescobrirem a alegria do Evangelho.
PERFIL
Nuno Manuel dos Santos Almeida nasceu a 1 de Agosto de 1962, em Sátão, diocese de Viseu. Após o exame da 4ª classe, ingressou, em 1972, no Seminário Menor de S. José, em Fornos de Algodres. Concluiu o curso de Teologia no Seminário Maior de Viseu, no ano letivo de 1983/84. Após o estágio pastoral na paróquia de Canas de Santa Maria, Tondela, foi ordenado sacerdote em Sátão, no dia 19 de Outubro de 1986. Foi nomeado bispo a 21 de novembro de 2015.
Depoimentos Manuel Arlindo, 82 anos, reformado, Lisboa
Diogo Brás, 23 anos, empresário, Faro
"O Correio da Manhã é um jornal com o qual tive sempre contacto, sobretudo, nos cafés. Leio-o há 6 ou 7 anos, com mais atenção para as páginas do desporto, mas também algumas notícias que despertem o meu interesse. Acho que se poderia valorizar um pouco mais os restaurantes e pratos regionais, já que se trata de um jornal do povo, tão regional e que todas as pessoas conhecem."
Jorge Fonseca, 53 anos, empresário, Portimão
"Sou um leitor assíduo do Correio da Manhã há muito tempo. Sou promotor marítimo turístico e tento manter-me sempre atualizado com o que acontece em Portugal e no resto do Mundo. As páginas que mais mais leio são aquelas que têm a ver diretamente com o Algarve, mas também costumo ler as da área do desporto e da atualidade em geral."
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