Projeto já conta com apoios de cerca de 60 parceiros institucionais e financeiros. O objetivo é fixar cerca de 150 novas pessoas no território.
Iniciativa 'Inteligência Local' pretende devolver a vida de outros tempos à aldeia de Vilares da Vilariça
Um sonho, uma ideia, um projeto que irá dar vida a uma das inúmeras aldeias esquecidas. Inteligência Local (iLocal) é o nome da iniciativa que quer devolver a vida de outros tempos à aldeia de Vilares da Vilariça, em Alfandega da Fé, no distrito de Bragança. Trazer novas pessoas, fixar os jovens. Apostar em diversas áreas como o turismo, educação, ambiente, numa perspetiva social e ambiental, mas também de negócio. Produção de insetos, cogumelos e outros produtos da terra são algumas das áreas para desenvolver o território. O objetivo é fixar cerca de 150 novas pessoas no território.
Projeto de cofundador de 'Inteligência Local' quer dar vida à aldeias esquecidas
"Inteligência Local é aquilo em que nós acreditamos, a sabedoria das populações locais. São elas quem melhor conhecem o território, as suas características e potencialidades, por isso os habitantes da aldeia são parte fundamental no processo", explica Filipe Jeremias, mentor do iLocal.
"O projeto nasce a partir de um sonho meu, que passou para outras pessoas e trans formou-se num sonho coletivo para responder às necessi dades e condições que cada pessoa precisa ter para fazer o movimento migratório do
Litoral para o Interior. Como nós identificamos quais os problemas, resolvemos agir para criar essas condições."
Agora já com apoios de cerca de 60 parceiros institucionais e financeiros, há que pôr mãos à obra. Trazer novas pessoas, fixar as que já aqui estão, para que o território possa ser regenerado.
"Nós aqui temos tudo"Rui Silva tem 56 anos e já viveu em Lisboa e em Águeda, mas é na aldeia de Vilares da Vilariça que se sente em casa. Deixou as obras e agora é pas tor. "Nunca gostei da cidade, por isso tudo o que possam fazer para dar melhores condi ções às pessoas da aldeia e trazer gente nova com o espíri to do campo é muito bom, porque os mais velhos vão mor rendo e se não vier ninguém, a aldeia fica vazia", diz.
"Será muito triste deixar uma rique za destas ficar abandonada. Nós aqui temos tudo. A água é pura, tudo o que comemos é do mais saudável que há no Mundo. Depois, esta paz, esta sinceridade entre as pessoas não tem preço", conclui.
"Há sempre resistência"Conta Filipe Jeremias que a primeira reação da comunida de foi de "repulsa". "São terri tórios cuja esperança já se esvaziou, em que constante mente lhes prometem um con junto de coisas novas mas que acabam por não se concretizar. As pessoas têm sempre algum tipo de resistência, mas aquilo que apresentamos é real."
Entrevista a Filipe Jeremias, mentor da Associação iLocal
O que leva o diretor de uma escola a deixar tudo e abraçar este projeto?
A paixão. Sou um homem de paixões e vi aqui a última oportunidade de fazer o meu último projeto de vida.
O sonho que eu tenho é fazer a transição do Litoral para o Interior. Esta aldeia em concreto, porque é aqui que tenho raízes, é a terra dos meus avós.
Imagina-se a viver aqui? E quando?
Claro que sim. Presumo que em 2024. Este é um projeto de família. Tenho a certeza de que os mais novos dos meus quatro filhos nos irão acompanhar.
O turismo é a mola impul sionadora do projeto?
Essa é a área mais fácil. Com bons programas socioculturais aliados à qua lidade ambiental de exce lência, é fácil atrair pessoas. Mas o importante é conse guir fixá-las. Para atrair turistas temos produtos que só aqui é possível encontrar. Há paisagens que só aqui podemos ver.
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