Reforma da PAC está dependente do Brexit

O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, revelou no Dynamic Lab de Santarém, do Prémio Nacional de Agricultura, que a reforma da Política Agrícola Comum (PAC), que definirá as ajudas aos estados membros a partir de 2020, já está a ser trabalhada, mas que depende em grande medida do resultado das negociações do Brexit.

"Só após a saída efetiva do Reino Unido e de todos os ajustamentos, entre o que aquele país recebia e o peso da sua contribuição, é que poderemos saber com que bolo financeiro contamos para a nova reforma", afirmou Capoulas Santos, realçando a complexidade do processo agora em curso.

"Já nomeámos um grupo de quinze especialistas, que será o órgão de acompanhamento do ministro nas negociações. É um processo moroso, complicado, mas o nosso histórico é, como sabemos, bastante positivo", afirmou o governante, lembrando que "os trabalhos demoram em média três anos e têm de estar, no essencial, concluídos até final de 2020".

BPI quer continuar a ser o banco da agricultura

Quando, no Dynamic Lab de Santarém, o ministro da Agricultura disse ao administrador do BPI que pode emprestar à vontade dinheiro aos agricultores, porque "são pessoas de palavra e honram os seus compromissos", Pedro Barreto respondeu com um "nós sabemos muito bem disso" e acrescentou que o objetivo passa por "continuar a ser o banco dos agricultores".

Consciente da importância deste Prémio Nacional de Agricultura, o administrador do BPI Pedro Barreto, lembrou que "premiar as boas práticas é uma forma muito eficaz de incentivar e promover a qualidade de um setor".

"A agricultura tem dado cartas e, mesmo em tempos de crise, apresentou índices de crescimento absolutamente notáveis. Por isso, nós, BPI, estamos aqui com o objetivo de premiar os melhores e garantir o apoio aos que pretendam atingir os patamares de excelência. Este prémio é uma das formas que temos de mostrar este nosso objetivo" disse Pedro Barreto.