Os voos domésticos serão retomados já esta sexta-feira, mas as fronteiras terrestres e marítimas permanecerão encerradas pelo menos até 15 de julho, disse o ministro da Saúde, Eugène Aka Aoulé, numa conferência de imprensa após uma reunião do Conselho de Segurança Nacional.
O estado de emergência e o encerramento da região de Abidjan, que representa "96%" dos cerca de 8.000 casos de infeção pelo novo coronavírus (incluindo 58 mortes) registados no país, segundo o ministro, também se manterá em vigor pelo menos durante a primeira quinzena de julho, acrescentou.
Os viajantes que chegarem à Costa do Marfim serão sujeitos a "controlo à chegada e monitorização durante a sua estadia graças a um sistema de geolocalização", referiu o governante.
Com um forte peso económico na África Ocidental, a francófona Costa do Marfim é um dos primeiros países africanos a anunciar o recomeço dos seus voos internacionais.
A Zâmbia também anunciou esta quinta-feira a reabertura imediata das suas fronteiras aéreas para impulsionar a economia. A Libéria deverá reabrir o Aeroporto Internacional de Monróvia no domingo.
A Costa do Marfim tinha flexibilizado há um mês as medidas de confinamento contra o novo coronavírus, com o levantamento do recolher obrigatório, o reinício gradual das aulas e a reabertura de lojas e restaurantes, exceto locais de entretenimento e discotecas.
A pandemia de covid-19 já provocou quase 482 mil mortos e infetou mais de 9,45 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em África, há 8.856 mortos confirmados em mais de 336 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.