O supremacista branco Janusz Walus, que matou o herói do movimento anti-apartheid Chris Hani a tiro, foi esfaqueado esta terça feira na prisão por outro recluso.
O ataque ocorreu dias antes de Walus sair do estabelecimento prisional em liberdade condicional, após ter passado quase 30 anos na cadeia.
Walus, de 69 anos, disparou contra Hani em 1993, numa tentativa considerada falhada de descarrilar a transição da África do Sul do domínio dos brancos para o domínio democrático. Este ataque ainda tem um impacto emocional profundo na população da região, sobretudo porque Chris Hani foi considerado o político mais popular da África do Sul, depois de Nelson Mandela, segundo a
BBC Internacional.
Um acórdão emitido pelo tribunal a 21 de novembro deste ano ordenou a libertação de Walus num limite de 10 dias, sendo que o órgão judicial considera a recusa do ministro da Justiça em conceder liberdade condicional ao supremacista branco uma decisão "irracional".
De acordo com a informação divulgada pela
BBC Internacional, o agressor terá tentado esfaquear Walus no coração. O ataque ocorreu após o monumento de homenagem a Hani ter sido vandalizado, este sábado, no cemitério onde o ex-político está sepultado.