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O debate vai decorrer em data ainda por fixar, durante a próxima sessão parlamentar, cujo arranque está marcado para o dia 22 de fevereiro, disse o porta-voz da Comissão Permanente da Assembleia da República, Alberto Matukutuku.
Matukutuku qualificou o documento produzido pela comissão parlamentar de inquérito como "muito bom", mas remeteu para a discussão em plenária os pormenores do relatório.
A Assembleia da República decidiu criar uma comissão parlamentar de inquérito depois de o deputado Venâncio Mondlane, da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, ter denunciado o alegado envolvimento de um deputado (cujo nome nunca foi revelado) da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, com uma rede de tráfico de droga na província da Zambézia, centro de Moçambique.
O caso veio a público em novembro, quando as autoridades detiveram um oficial das Forças Armadas afeto à base naval de Macuse e um professor de uma escola secundária local por suspeitas de tráfico de drogas pesadas, num esquema em que, segundo a denúncia do principal partido de oposição, estaria envolvido também um deputado.
Na sequência da denúncia, o Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic) esclareceu que não possui qualquer processo contra um deputado da Assembleia da República.
O tráfico de droga dá origem a apreensões regulares em Moçambique e está relatado por diversas entidades.
Organizações internacionais colocam Moçambique na rota de diversas rotas, sobretudo de heroína, com origem na Ásia e a atravessar o oceano Índico.
