16 países apoiam flotilha para Gaza e pedirão contas em caso de ataque

Embarcações pretende entregar ajuda humanitária no território palestiniano.

16 de setembro de 2025 às 17:39
Flotilha para Gaza
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Governos de 16 países disseram esta terça-feira apoiar os objetivos da flotilha que ruma a Gaza e alertaram que terá de haver "prestação de contas" em caso de ataques aos barcos em águas internacionais ou "detenções ilegais".

Num comunicado conjunto, os ministros dos Negócios Estrangeiros (MNE) de Espanha, Turquia, Bangladesh, Brasil, Colômbia, Eslovénia, Indonésia, Irlanda, Líbia, Malásia, Maldivas, México, Omã, Paquistão, Qatar e África do Sul expressaram "preocupação com a segurança" da Flotilha Global Sumud, que sublinharam ser uma iniciativa da sociedade civil em que participam cidadãos de todos estes países.

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A flotilha, acrescentaram os MNE, pretende entregar ajuda humanitária no território palestiniano da Faixa de Gaza, que está sob ataque militar de Israel e com os acessos bloqueados por este país, assim como "sensibilizar para as necessidades humanitárias urgentes do povo palestiniano e a necessidade de terminar com a guerra em Gaza".

"Estes dois objetivos, a paz e a prestação de ajuda humanitária, juntamente com o respeito pelo direito internacional, incluindo o direito humanitário, são partilhados pelos nossos Governos", lê-se no mesmo texto subscritos pelos 16 chefes da diplomacia.

Os MNE apelaram a que não haja qualquer "ato ilegal ou violento contra a flotilha".

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"Lembramos que qualquer violação do direito internacional e dos direitos humanos dos participantes na Flotilha, incluindo os ataques contra os barcos em águas internacionais ou detenções ilegais, darão lugar a prestação de contas", acrescentaram.

Os primeiros barcos da flotilha saíram, de Barcelona, no nordeste de Espanha, em 31 de agosto.

Integram a flotilha pessoas de mais de 40 nacionalidades, entre os quais, a ecologista sueca Greta Thunberg e, de Portugal, a líder do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e o ativista Miguel Duarte.

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As forças israelitas têm em curso uma ofensiva na Faixa de Gaza desde 07 de outubro de 2023, em resposta a um ataque do grupo islamita radical Hamas, que controla o território palestiniano.

O ataque do Hamas em território israelita fez 1.200 mortos e 251 reféns.

A ofensiva militar de Israel em Gaza já causou mais de 64.600 mortos, na maioria civis, segundo números das autoridades locais controladas pelo Hamas que a Organização das Nações Unidas (ONU) considera fidedignos.

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Uma comissão independente da ONU tornou-se esta terça-feira o primeiro organismo a considerar que está a ser factualmente cometido um genocídio em Gaza, situação que compara às determinadas no passado na Bósnia (antiga Jugoslávia), Ruanda e Darfur (Sudão).

A conclusão é da Comissão Internacional Independente da ONU sobre os Territórios Palestinianos Ocupados.

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