Fazem pornografia por causas ambientais

‘Fuck For Forest' foi criada há dez anos, tem quatro mil membros e já arrecadou 250 mil euros com fotos e vídeos eróticos.

29 de abril de 2014 às 19:11
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Uma Organização Não Governamental (ONG) alemã, com o nome de ‘Fuck For Forest’ (FFF), produz e vende material pornográfico amador com o objetivo de angariar dinheiro para salvar o meio ambiente. Na primeira década de existência, a instituição conta com quatro mil membros e conseguiu 250 mil euros com a venda de fotos e vídeos para adultos.

A sueca Leona Johansson e o norueguês Tommy Hol Ellingsen são os fundadores da ONG, que classificam de caráter “erótico ecológico”. O casal tem lidado com polémicas desde o início, quando decidiu fazer sexo explícito perante milhares de pessoas que estavam a assistir ao concerto da banda ‘The Cumshots’, durante o festival de música ‘The Quart’, na Noruega.

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Desde 2004, a FFF já ajudou projetos ambientais no Perú, Brasil, Equador, Costa Rica e Eslováquia. “Apoiamos iniciativas locais que tenham uma intenção idealista e falamos diretamente com os grupos que trabalham na zona, pelo que sabemos sempre quem apoiamos e quem usa o dinheiro”, explicou o casal ao jornal espanhol ‘El País’.

As imagens e vídeos pornográficos produzidos pela FFF são amadores e os responsáveis pela organização pretendem que se mantenham assim. “Uma das ideias da FFF é não ser demasiado profissional, preocupa-nos mais passar bem o conceito do que fazer um produto perfeito”, sublinharam Leona Johansson e Tommy Hol Ellingsen.

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No entanto, várias iniciativas já negaram a ajuda da organização devido ao conteúdo erótico e sexual. “A maioria das vezes essas organizações pensam na sua imagem pública e temem o que dirão [publicamente]”, afirmou o casal.

ORGANIZAÇÃO DE PORNO AMADOR JÁ INSPIROU FILME

O conceito original da FFF já deu origem a um filme inspirado na história do casal Leona Johansson e Tommy Hol Ellingsen (cujo trailer pode assistir no final do texto). Na obra cinematográfica de Michal Marczak, o casal é retatado como hippies que defendem o amor e o sexo livre, consomem drogas, são vegetarianos e espalham a sua causa pelo Mundo.

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“Estamos prontos para estrear um documentário feito por nós que conta os três primeiros anos da ONG, mostra a realidade por trás do projeto”, acrescentou o casal.

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