Filha ficou à espera do pai no dia de anos. Não sabia que Rayshard Brooks tinha sido morto pela polícia em Atlanta
Rayshard Brooks foi abordado pela polícia quando estava a dormir dentro do carro.
A morte deste homem afro-americano acontece após o homicídio de George Floyd em Minneapolis que originou centenas de protestos em todo o mundo contra o racismo e a brutalidade policial. Mas quem era este afro-americano de 27 anos?
Rayshard era pai de três meninas, de um, dois e oito anos, e padrasto de um rapaz 13 anos. Horas antes de ser assassinado pela polícia, Rayshard estava com a filha mais velha a celebrar o seu oitavo aniversário. A festa da menina viria a realizar-se no dia seguinte, sábado, com o pai a levá-la a andar de skate, segundo avança o jornal americano USA Today.
O advogado da família afirma que Brooks tinha levado a filha à manicure e a comer fora na sexta-feira. No sábado, a menina vestiu o vestido especial para a sua festa de aniversário e esperava pelo pai para o dia de celebração, mas Brooks tinha morrido na noite anterior.
"Ela estava com o vestido de aniversário porque estava à espera que o pai a viesse buscar para levá-la a andar de skate", disse o advogado numa entrevista coletiva no sábado. "Tinham [a família] uma festa de aniversário para o oitavo aniversário com cupcakes... enquanto isso, estávamos sentados a falar com a mãe sobre o porquê de o pai não voltar para casa", afirma. Um outro advogado revelou que Rayshard tinha trabalhado num restaurante e que, este sábado, quando foram ter com a viúva para acertar pormenores do processo, as crianças brincavam e riam na festa de aniversário da menina alheias ao facto de o pai, Rayshard Brooks, ter morrido na noite anterior. Recorde-se que Brooks estava a dormir no carro em frente a um restaurante quando foi abordado por dois polícias. Os polícias tentaram deter o afro-americano, sem aparente motivo, e este resistiu à detenção. Perante a resistência deu-se uma luta
"Tinham [a família] uma festa de aniversário para o oitavo aniversário com cupcakes... enquanto isso, estávamos sentados a falar com a mãe sobre o porquê de o pai não voltar para casa", afirma.
Um outro advogado revelou que Rayshard tinha trabalhado num restaurante e que, este sábado, quando foram ter com a viúva para acertar pormenores do processo, as crianças brincavam e riam na festa de aniversário da menina alheias ao facto de o pai, Rayshard Brooks, ter morrido na noite anterior.
Recorde-se que Brooks estava a dormir no carro em frente a um restaurante quando foi abordado por dois polícias. Os polícias tentaram deter o afro-americano, sem aparente motivo, e este resistiu à detenção.
O diretor do Gabinete de Investigação da Georgia, Vic Reynolds, disse que o tiroteio aconteceu na sexta-feira à noite à porta de um restaurante e foi filmado pelas câmaras de segurança e por telemóveis de testemunhas.
O polícia que disparou o tiro fatal foi demitido e o outro foi colocado em serviço administrativo, anunciou o departamento de polícia este domingo. As imagens captadas pela câmara corporal dos polícias também foram divulgadas. Perante os factos, a chefe da polícia de Atlanta, Erika Shields, renunciou ao cargo.
Crystal Brooks, cunhada de Rayshard Brooks, juntou-se a manifestantes que se reuniram no local onde o afro-americano foi morto na noite de sábado. "Ele não estava a causar nenhum dano a ninguém", disse. "A polícia foi até o carro e, mesmo estando estacionado, o puxou para fora do carro e começou a lutar com ele. Ele agarrou o Taser, mas simplesmente o agarrou e correu", disse Crystal afirmando que o cunhado estava a tentar defender-se. Pelo menos 36 pessoas foram já detidas pelos protestos que agora inflamaram com a morte de outro afro-americano em pouco menos de um mês.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt