Forças sírias acusadas de executar civis
Tropas do novo regime islamista lançaram brutal campanha de repressão contra minoria alauita após ataques de forças leais a Assad. Governo de al-Julani admite “excessos”.
As forças de segurança do novo Governo islamista sírio foram acusadas de executar dezenas de civis da minoria alauita, incluindo mulheres e crianças, durante uma brutal campanha de repressão após vários ataques levados a cabo por milícias leais ao antigo ditador Bashar al-Assad na região costeira do país.
Um balanço provisório do Observatório Sírio dos Direitos Humanos indica que pelo menos 340 pessoas foram mortas desde quinta-feira nas regiões de Jableh e Baniyas. Há relatos de que, numa aldeia, dezenas de homens da minoria alauita foram detidos e executados de forma sumária, numa campanha de terror que ameaça deitar por terra os esforços do novo Governo liderado por Abu Mohammad al-Julani para ganhar legitimidade internacional e suavizar as sanções impostas durante o regime de Assad. O novo Governo já admitiu que foram cometidos “alguns excessos” e prometeu punir os responsáveis.
Os confrontos na região costeira começaram no final da semana, como retaliação pela morte de dezenas de elementos das forças governamentais em vários ataques levados a cabo por grupos leais a Assad.
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