Abastecimento de água e luz totalmente restabelecido em Kharkiv

Presidente da câmara alertou que embora o fornecimento tenha sido retomado, o município ainda regista algumas adversidades para garantir integralmente o abastecimento.

25 de novembro de 2022 às 21:24
guerra ucrânia Foto: NACHO DOCE/reuters
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As autoridades locais de Kharkiv, no leste da Ucrânia, adiantaram, esta sexta-feira, que já foi restaurada na sua totalidade o abastecimento de água e eletricidade naquela cidade, após os ataques das forças russas ocorridos esta semana.

O presidente da câmara da cidade, Igor Terekhov, alertou que embora o fornecimento tenha sido retomado, o município ainda regista algumas adversidades para garantir integralmente o abastecimento, principalmente de energia elétrica.

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O autarca lembrou que as autoridades locais instalaram espaços para carregamento de dispositivos móveis e outros para compra de bebidas quentes e refeições em diferentes pontos da via pública, de acordo com a agência de notícias local Ukrinform.

As forças russas lançaram na quarta-feira uma nova vaga de ataques contra infraestruturas energéticas ucranianas, que foram gravemente afetadas.

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As autoridades ucranianas estimam que cerca de 50% das instalações de energia da Ucrânia foram danificadas nos recentes ataques.

Em Kiev, quase metade dos habitantes continuavam, esta sexta-feira, sem eletricidade e dois terços sem aquecimento, numa altura em que as temperaturas negativas chegam à região, alertou o presidente da câmara da capital ucraniana Vitaly Klitschko.

O presidente do conselho de administração da empresa estatal de eletricidade Ukrenergo, Volodymyr Kudrytsky, referiu que o sistema energético ucraniano passou agora "a fase mais difícil" após o ataque.

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A eletricidade está parcialmente restaurada e "o sistema energético está mais uma vez ligado ao sistema energético da União Europeia", explicou.

A estratégia de Moscovo de bombardear instalações energéticas, seguida desde outubro num cenário de recuos militares, é considerada "crime de guerra" pelos aliados ocidentais da Ucrânia e qualificada como um "crime contra a humanidade" pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

A Rússia, por seu lado, afirma visar apenas infraestruturas militares e atribui os cortes de energia aos disparos das defesas aéreas ucranianas.

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A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.595 civis mortos e 10.189 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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