Aeroporto de Bruxelas com 10% dos voos cancelados ainda devido a ciberataque
Durante os últimos três dias, o aeroporto tem destacado pessoal adicional, para operações de check-in e embarque a serem realizadas manualmente.
O Aeroporto de Bruxelas continuará sem poder operar normalmente durante o dia de esta terça-feira, porque as autoridades aeroportuárias pediram às companhias aéreas para cancelarem aproximadamente 10% dos seus voos, como consequência do ciberataque de sexta-feira.
As companhias aéreas são responsáveis por determinar quais os voos a cancelar, informar os seus clientes e oferecer, sempre que possível, soluções alternativas.
Assim, esta terça-feira estão programados cerca de 255 voos, um pouco mais do que os 237 que operaram segunda-feira, de um total de 277 partidas previstas inicialmente.
Na segunda-feira, 23 voos de chegada tiveram que ser cancelados dos 277 programados.
"Graças ao uso de soluções alternativas de check-in e aos esforços de todos os parceiros do aeroporto, a grande maioria dos voos de saída pôde continuar conforme o previsto nos últimos dias", confirmou o aeroporto, segundo o jornal francófono Le Soir.
Durante estes últimos três dias, o aeroporto tem destacado pessoal adicional, porque o ataque informático obrigou as operações de check-in e embarque a serem realizadas manualmente.
O ciberataque ocorreu na sexta-feira à noite, informou o aeroporto da capital belga, e afetou o prestador de serviços externo especializado em processamento de dados no setor aeronáutico Collins Aerospace, uma subsidiária do grupo de defesa norte-americano RTX, anteriormente conhecido como Raytheon.
No passado domingo, cerca de 50% dos voos foram cancelados e o ciberataque também desencadeou o caos no Reino Unido e na Alemanha.
Na véspera, a comissária europeia para as emergências e a preparação para crises, Hadja Lahbib, tinha instado a União Europeia (UE) a investir na preparação para as ameaças atuais "reais e complexas".
A Comissão Europeia apelou esta segunda-feira aos Estados-membros para que transponham e coloquem em vigor integralmente a nova diretiva relativa às redes e sistemas de informação (conhecida como NIS2), para tentar evitar ameaças e incidentes cibernéticos, como o ataque ao sistema de faturação e embarque de vários aeroportos comunitários deste fim de semana.
"Isto destaca, mais uma vez, a importância de transpor e aplicar plenamente a diretiva NIS2 no âmbito da cibersegurança", indicou o porta-voz comunitário Thomas Regnier, durante a conferência de imprensa diária da instituição.
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