Agência Espacial Europeia inicia manobras de reentrada na Terra de satélite 'made in' Portugal desativado

Satélite estudou os ventos do planeta com tecnologia portuguesa.

24 de julho de 2023 às 19:55
Satélite Aeolus Foto: ESA
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A Agência Espacial Europeia (ESA) iniciou esta segunda-feira as manobras para a reentrada na Terra do satélite Aeolus, que estudou os ventos do planeta com tecnologia portuguesa, mas que tem "morte" anunciada para sexta-feira quando destroços caírem no Atlântico.

O satélite, lançado em 2018 para a órbita terrestre, esteve em missão durante cinco anos, mais dois do que o prazo inicialmente previsto, com o intuito de ajudar os especialistas a melhorarem os modelos climáticos e as previsões meteorológicas.

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É a primeira vez que a ESA executa a reentrada assistida de um satélite em fim de vida.

O que resta de combustível do Aeolus, que tem componentes fabricados por empresas portuguesas, está a ser usado para direcioná-lo para a reentrada na atmosfera terrestre.

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Quando o Aeolus se encontrar a 80 quilómetros da superfície da Terra, grande parte do satélite se incendiará, embora alguns fragmentos possam chegar ao planeta.

A ESA, da qual Portugal é Estado-membro, assegura que o risco de um pedaço de lixo espacial atingir uma pessoa é quase três vezes menor do que o risco da queda de um meteorito.

A reentrada do Aeolus (ou o que restará dele) na Terra deverá ser finalizada na sexta-feira depois de uma equipa do centro de operações espaciais da ESA, na Alemanha, guiar o engenho para uma zona do oceano Atlântico o mais longe possível de terra firme.

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O satélite tem o nome do guardião dos ventos na mitologia grega (Aeolus em inglês, Éolo em português).

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