Vacinas da Pfizer e da Moderna podem estar associadas a inflamações cardíacas, avança EMA

Agência Europeia do Medicamento aconselha pessoas com histórico de complicações sanguíneas a evitarem tomar as vacinas da Johnsson & Johnsson.

09 de julho de 2021 às 16:57
vacina, pandemia, coronavírus Foto: Reuters
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A Agência Europeia do Medicamento (EMA) encontrou uma possível ligação entre a inflamação rara do coração e as vacinas da Covid da Pfizer e Moderna e aconselhou as pessoas com histórico de complicações sanguíneas evitarem tomar as vacinas da Johnsson & Johnsson.

Problemas cardíacos, miocardite e pericardite devem ser listados como possíveis efeitos colaterais das duas vacinas de mRNA, disse o comitê de segurança da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) esta sexta-feira. A miocardite e pericardite são doenças inflamatórias do coração, apresentando sintomas como a falta de ar, palpitações e dores no peito.

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Estes casos ocorreram principalmente dentro de 14 dias após a vacinação, sendo mais frequente após a segunda toma em homens jovens adultos.

O Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância (PRAC) estudou 145 casos de miocardite e 138 casos de pericardite, após serem inoculados com a vacina da Pfizer, tendo analisado apenas 19 casos de cada inflamação, dos vacinados com a Moderna.

Até ao final de maio, cerca de 177 milhões de doses da vacina da Pfizer e 20 milhões doses da Moderna haviam sido administradas Espaço Económico Europeu (EEE).

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O PRAC aconselhou atualizar as informações das vacinas, no sentido de incluir o efeito colaterais e aumentar a consciencialização entre as equipas de saúde e os utentes.

O comité recomendou ainda a restrição da comercialização da vacina da Johnson&Johnson para as pessoas com histórico de síndrome de derrame capilar, doença de Clarkson.

De acordo com o PRAC, é aconselhável adicionar uma advertência para doença de Clarkson, em que o fluido vaza pequenos vasos sanguíneos provocando inchaço, pressão arterial baixa, espessamento do sangue e níveis baixos de albumina no sangue.

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O PRAC acrescentou que as informações do produto usado na AstraZeneca incluem um aviso para consciencializar sobre os casos de síndrome de Guillain-Barré (SBG), que podem ter sido relatados após a vacinação.

A síndrome provoca inflamação nos nervos e pode resultar em dor, dormência, fraqueza muscular e dificuldade em andar.

Em junho, o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos anunciou que a ocorrência de inflamações no coração em adolescentes e jovens adultos poderá estar associada às vacinas da Pfizer e da Moderna contra o SARS-CoV-2.

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De acordo com a informação divulgada por este organismo, há registo de inflamações no coração, ainda que raras, em adolescentes e jovens adultos que receberam os fármacos desenvolvidos pela Pfizer (em parceria com a BioNTech) e pela Moderna, duas vacinas centralizadas no método RNA (Ácido Ribonucleico).

Investigadores convocados pelo CDC revisitaram estas ocorrências de miocardite e pericardite, ou seja, inflamações do músculo cardíaco ou da membrana do coração.

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