Agência Internacional de Energía Atómica lamenta lentidão na criação da zona de segurança de Zaporijia

Central nuclear tem sido alvo de bombardeamentos periódicos, pelos quais Moscovo e Kiev são mutuamente responsáveis.

10 de fevereiro de 2023 às 23:05
Central nuclear de Zaporijia
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O diretor-geral da Agência Internacional de Energía Atómica (AIEA), Rafael Grossi, lamentou esta sexta-feira a lentidão no processo de negociação para o estabelecimento de uma zona de segurança em torno da central nuclear ucraniana de Zaporijia.

Em comunicado emitido depois de dois dias de contactos na Federação Russa, que ocupa aquela central há quase um ano, desde o início da invasão da Ucrânia, Grossi declarou: "Continuo a ter esperança em que se estabeleça aquela zona, se bem que o progresso deveria ter sido mais rápido. Para o bem da segurança nuclear na Ucrânia e mais além, vou continuar os meus esforços até que seja uma realidade".

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Na quinta-feira, Grossi esteve com o diretor-geral da agência atómica russa, Rosatom, Alexey Likhachev, após o que alertou que "infelizmente, a situação continua muito frágil e instável".

O diretor-geral da AIEA esteve pela última vez em Moscovo em dezembro de 2022, quando se reuniu com Likhachov.

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Em janeiro, Grossi viajou para Kiev, onde se reuniu com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para discutir a situação de segurança em Zaporijia e o envio de missões da AIEA para outras centrais nucleares do país.

O funcionamento da central nuclear continua a ser garantido por técnicos ucranianos que os russos integraram em uma entidade gerida pela Rosatom, após a anexação de Zaporijia pela Rússia em setembro de 2022, considerada ilegal pela Ucrânia e os aliados ocidentais.

A central tem sido alvo de bombardeamentos periódicos, pelos quais Moscovo e Kiev são mutuamente responsáveis.

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A AIEA propôs a criação de uma zona desmilitarizada em torno da central nuclear, onde a agência da ONU estabeleceu uma presença permanente já no ano passado, mas ainda não houve acordo entre as partes.

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