Agente que investigava milícias executada ao chegar a casa no Rio de Janeiro
Crime aconteceu quando a agente estava a abrir o portão da garagem de casa para entrar com o carro.
Uma agente feminina da Polícia Militar (segurança pública) do Rio de Janeiro, Vaneza Lobão, foi assassinada na noite desta sexta-feira, 24, ao chegar a casa, no bairro de Santa Cruz, na zona oeste daquela cidade brasileira. Vaneza foi atingida por vários tiros de fuzil disparados à queima-roupa por homens que escondiam o rosto.
O crime aconteceu quando a agente estava a abrir o portão da garagem de casa para entrar com o carro, ao voltar após mais um dia de trabalho na corporação. Os criminosos, que estavam num carro preto parado perto da residência dela e já a esperavam há algum tempo, aproveitaram o momento, saíram do veículo deles e executaram Vaneza, que não teve qualquer possibilidade de reação ou defesa.
A agente, que tinha 31 anos e estava há 10 na polícia, estava lotada na 8. Divisão de Polícia Judiciária Militar, um órgão de inteligência da corporação, e atualmente investigava a atuação de milícias armadas. Esses grupos criminosos, formados inicialmente por polícias corruptos da ativa e da reserva e, mais recentemente, também por criminosos comuns, dominam boa parte da região oeste do Rio de Janeiro, são conhecidos pela extrema crueldade e violência e movimentam milhões de euros com a extorsão dos moradores dos bairros que controlam.
Nessas comunidades, os habitantes são obrigados a pagar aos milicianos uma taxa de suposta segurança para não serem atingidos pela violência do grupo e só podem comprar alimentos, água mineral, gás de cozinha e até assinar pacotes de telefonia e internet em lojas e outros locais indicados pela milícia. Durante a madrugada deste sábado, agentes detiveram um suspeito numa outra área de Santa Cruz, e investigam para confirmar ou não se ele participou na execução de Vaneza.
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