Agressor de Rajoy é seu familiar

O presidente do Governo espanhol não vai apresentar queixa do jovem.

17 de dezembro de 2015 às 16:58
16-12-2015_19_03_33 rajoy.jpg Foto: DR
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O presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, afirmou esta quinta-feira que não vai apresentar queixa contra o jovem que o agrediu a murro na quarta-feira, numa arruada em Pontevedra, que segundo a imprensa galega será familiar da sua mulher.

De acordo com o jornal galego La Voz de Galicia, o jovem é sobrinho de Elvira Fernández - a mulher do presidente do Governo e candidato pelo PP às eleições gerais do próximo domingo. Ainda segundo o jornal, a família do jovem é conhecida em Pontevedra e simpatizante do PP.

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Hoje de manhã, Rajoy apelou a que ninguém em Espanha extraia conclusões políticas da agressão. "Tenho a maçã do rosto um pouco inchada. O médico deu-me uma pomada e um analgésico", disse Mariano Rajoy, no decorrer de uma das entrevistas televisivas que deu hoje de manhã.

"Estamos num país civilizado e não andamos à bofetada. Foi uma exceção" que nada teve a ver com a campanha das eleições gerais de domingo, nem com o duro debate que teve na segunda-feira com o candidato do PSOE, Pedro Sánchez.

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Já em Barcelona, onde participou num pequeno-almoço do jornal La Vanguardia, Rajoy sublinhou que "está bem".

Rajoy diz que "está bem"

"Foi tudo muito rápido, mas isto já passou. Não podemos dar-lhe mais importância do que a que tem. Somos um povo civilizado, tranquilo e moderado e de vez em quando há uma exceção que confirma a regra. Não há consequências", sublinhou Rajoy, acrescentando que não vai mudar a sua forma de fazer campanha por causa do incidente.

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Ainda que Rajoy ou o PP não apresentem queixa do jovem, o Ministério Público atua automaticamente neste tipo de casos, pelo que o jovem - conotado com claques radicais do futebol - pode apanhar uma pena de até seis anos de internamento num centro de menores. O ministro da Justiça espanhol, Rafael Catalá, considerou "evidente" que houve dolo por parte do jovem agressor, já que este "esperou e esperou [pelo melhor momento] para cometer a agressão". Catalá também recordou que o jovem - detido após o murro a Rajoy - escreveu posts na Internet afirmando que "iria agredir ou atacar o PP".

Os amigos do jovem condenaram, entretanto, o ato violento e pediram desculpa a Rajoy pelo sucedido.

Os jovens, na sua maioria menores de idade, integram um grupo no Whatsapp chamado LDS (Los de Sempre, ou "Sempre os mesmos") que continham mensagens como "Capi [abreviatura de Capitán, o nickname do jovem] mata-o", "Polegares nos olhos" ou "E cospe-lhe nas covas dos olhos", entretanto difundidas pela comunicação social.

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