Alemanha vai a eleições antecipadas. Moção de confiança no parlamento chumbada

O Parlamento alemão rejeitou esta segunda-feira por larga maioria uma moção de confiança no Governo do chanceler Olaf Scholz, abrindo caminho à realização de eleições antecipadas em fevereiro.

A moção de confiança tinha sido pedida pelo próprio Scholz após o colapso da coligação governamental na sequência da saída dos liberais, em novembro, que deixou o Executivo sem maioria parlamentar, e a sua rejeição era um passo essencial para o chanceler poder solicitar ao Presidente, Frank-Walter Steinmeier, a dissolução do Parlamento e a convocação de novas eleições. Os deputados fizeram-lhe a vontade e rejeitaram a moção de confiança por 394 votos contra 207. Outros 116 deputados abstiveram-se.

No discurso antes da votação, Scholz atacou a falta de “maturidade moral” dos liberais por precipitarem o colapso da coligação e disse que as eleições serão “uma oportunidade para os eleitores darem um novo rumo” ao país e escolherem entre um futuro de maior investimento prometido pelo seu partido ou a austeridade dos conservadores da CDU, que lideram as sondagens.