Aluno de 14 anos mata três colegas a tiro na sala de aula em Bahia no Brasil

Agressor não socializava com os outros alunos no intervalo e optava por ficar isolado.

19 de outubro de 2024 às 12:48
Polícia Federal brasileira Foto: DR
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Um estudante de 14 anos matou a tiro no final da tarde desta sexta-feira, três colegas, todos de 15 anos, dentro da escola onde todos estudavam, na cidade de Heliópolis, interior do estado brasileiro da Bahia, e depois suicidou-se. A tragédia aconteceu no Colégio Municipal Dom Pedro I, na região de Serra dos Correias, na área rural de Heliópolis, cidade com 12 mil habitantes a 332 km da capital do estado, Salvador.

O atirador, identificado pela polícia como Samuel Santana Andrade, sentava-se no fundo da sala de aula, isolado dos colegas, enquanto os três estudantes que morreram, os três melhores em notas, ficavam sempre juntos, na parte da frente da sala. Perto das 17 horas locais desta sexta-feira (21 horas em Lisboa), sem que tenha ocorrido alguma discussão ou desavença na aula, Samuel levantou-se, empunhou um revólver calibre 38 e atirou nos três colegas, duas meninas, Adriele Vitória Silva Ferreira e Fernanda Sousa Gama, e um menino, Jonathan Gama dos Santos, todos de 15.

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Em seguida, no meio do pânico e do tumulto que tomou conta da sala de aula após os disparos, Samuel tirou a própria vida. Várias ambulâncias foram enviadas para o local assim que o alarme foi dado, mas nada foi possível fazer-se por nenhum dos quatro, estavam todos mortos.

Até este sábado ainda não se sabia o que teria levado o aluno de 14 anos a matar os colegas e a suicidar-se, falando-se em bullying, em namoro não correspondido ou ciúmes, mas nada foi confirmado até agora. Samuel era muito reservado, não se socializava com os outros alunos nem nos intervalos, preferindo ficar isolado longe dos outros, normalmente enquanto usava o telemóvel.

O agressor tinha muita dificuldade para se expressar em público, nas aulas e nas avaliações ficava extremamente nervoso quando era interpelado pelos professores, mas nunca tinha demonstrado qualquer atitude agressiva. Segundo os professores, apesar de toda a timidez e dificuldade em interagir nas aulas, Samuel não era dos piores alunos, era um aluno considerado de desempenho médio, não era brilhante como os que morreram, mas também não era dos piores.

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