Ambiente de violência em Paris
Mais de 170 ativistas foram detidos este domingo.
O clima de tensão voltou este domingo à capital francesa, com a detenção de, pelo menos, 175 ativistas após confrontos com a polícia. Os incidentes eclodiram quando grupos de mascarados lançaram projéteis contra os agentes, que tinham cercado a praça da República, onde várias pessoas davam as mãos num cordão humano pelo ambiente, na véspera da Cimeira do Clima (Cop 21), que arranca esta segunda-feira em Paris.
Devido aos atentados terroristas de dia 13, que fizeram 130 mortos e centenas de feridos na cidade, as autoridades francesas tinham proibido as manifestações agendadas para a cimeira Cop 21.
Apesar da proibição, os manifestantes reuniram-se em pequenos grupos, e os Anticop 21 gritaram "liberdade", enquanto acusaram as autoridades de usar o estado de emergência para impor um clima de censura no país.
A tensão subiu de tom pelas 14h30 (13h30 em Lisboa), quando as forças de segurança lançaram gás lacrimogéneo para dispersar a multidão, que atingira os agentes com vários objetos, nomeadamente flores e velas retiradas do memorial às vítimas dos atentados.
Segundo Michel Cadot, chefe da polícia de Paris, não houve registo de feridos: "São pequenos grupos violentos que atacaram a polícia com projéteis, como velas e até uma bola de bowling."
Já o presidente francês, François Hollande, lamentou "a falta de respeito" pelos que perderam a vida nos atentados.
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