Angolana TAAG cancela voo com 107 pessoas após atraso de nove horas em Maputo  

Companhia assumiu a responsabilidade de custear a hospedagem na capital moçambicana.

09 de dezembro de 2023 às 23:27
taag Foto: Direitos Reservados
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A TAAG, linhas aéreas de Angola, cancelou este sábado à noite um voo que ligava Maputo (Moçambique) e Luanda (Angola), com 107 passageiros a bordo, depois de quase nove horas de espera no Aeroporto Internacional de Maputo.

O voo, inicialmente marcado para sair às 15h50 (13h50 em Lisboa), foi cancelado com os passageiros já a bordo da aeronave.

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O comandante do voo (DT582) alegou que o motivo do cancelamento foi o mau tempo na capital moçambicana, embora aeronaves das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) que fazem percursos internos tivessem aterrado, apesar da chuva.

Após o cancelamento, os passageiros, alguns com voos para outras capitais agendados a partir de Luanda, com destaque para Lisboa, ficaram mais duas horas à espera de informações nas instalações da companhia, que assumiu a responsabilidade de custear a hospedagem na capital moçambicana.

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Em declarações à agência Lusa, a equipa da TAAG no Aeroporto Internacional de Maputo alegou, primeiro, que o atraso se deveu a indisposição de um tripulante, tendo posteriormente considerado que o percurso foi cancelado porque o comandante excedeu as suas horas de voo.

O novo voo ficou agendado para domingo as 10h00 locais (08h00 em Lisboa).

A TAAG atravessa um período marcado por conflitos laborais, com um processo de reestruturação em curso e um acumular de queixas dos passageiros, descontentes com os frequentes atrasos e cancelamentos de voos da companhia.

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Na terça-feira, o Estado angolano decidiu mudar a gestão da TAAG, escolhendo António dos Santos Domingos para presidente do conselho de administração e Nelson de Oliveira, que regressa à "casa" onde trabalhou 38 anos, para presidente executivo.

Mas a empresa também regressou aos lucros, tendo registado um resultado líquido de 460,1 milhões de kwanzas (cerca de 900 mil euros ao câmbio da altura), em 2022, após anos de prejuízos.

O Governo angolano quer privatizar a TAAG, mas não se compromete com datas.

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