António Costa expressa condolências após assassinato de dois israelitas em Washington

Presidente do Conselho Europeu alertou também para a "situação horrível" em Gaza.

22 de maio de 2025 às 23:38
António Costa Foto: Johanna Geron/Reuters
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O presidente do Conselho Europeu, António Costa, apresentou esta quinta-feira condolências ao Presidente de Israel, Isaac Herzog, após a morte a tiro de dois funcionários da embaixada de Israel em Washington, alertando ainda para a "situação horrível" em Gaza.

"Hoje tive uma conversa franca com o Presidente de Israel, Isaac Herzog. Expressei as minhas condolências pela trágica perda de dois funcionários da Embaixada de Israel em Washington D.C", pode ler-se, numa nota na rede social X.

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António Costa adiantou ainda que falou com Herzog "sobre a situação horrível em Gaza".

"Pedi a Israel que travasse a catástrofe humanitária permitindo imediatamente o reinício do acesso e da assistência humanitária. Apelei à rápida retoma do cessar-fogo, permitindo a libertação incondicional de todos os reféns", destacou ainda o ex-primeiro-ministro português.

Na quarta-feira à noite, um homem e uma mulher foram abatidos a tiro no exterior do Museu Judaico de Washington, onde decorria um evento da Comissão Judaica Norte-Americana (AJC).

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As vítimas são Yaron Lischinsky, de 30 anos, e Sarah Milgrim, de 26. Formavam um par e, segundo a embaixada israelita, Lischinsky tencionava pedir Milgrim em casamento durante uma viagem a Jerusalém, na próxima semana.

O detido, segundo a polícia, não tinha antecedentes que sugerissem a possibilidade de cometer um atentado deste tipo. No entanto, será investigado se o ataque tem "ligações a possíveis atos terroristas" e se o motivo do ataque foi um "crime de ódio".

A chefe da polícia de Washington, Pamela Smith, identificou o suspeito como Elías Rodríguez, de 30 anos, residente em Chicago, e disse que ele gritou "Palestina livre, Palestina livre" após o tiroteio.

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O Departamento de Justiça norte-americano já apresentou acusações federais contra o suspeito por homicídio.

O chefe da diplomacia israelita, Gideon Saar, acusou esta quinta-feira os países europeus de "incitarem ao ódio", referindo-se às críticas devido à situação humanitária na Faixa de Gaza, enclave palestiniano onde Israel lançou uma operação militar, num conflito desencadeado pelos ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023 no sul de Israel.

"Existe uma ligação direta entre o incitamento ao ódio antissemita e anti-israelita e este assassinato", afirmou Saar numa conferência de imprensa em Jerusalém.

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O Museu Judaico de Washington defendeu esta quinta-feira que o assassínio do casal que trabalhava na embaixada israelita, no exterior do seu edifício, na quarta-feira, tinha como objetivo "silenciar vozes" e "apagar a história", algo que disse não permitirá que ocorra.

"Num ato de terrível violência antissemita, um homem armado atacou a nossa querida comunidade. Esta tragédia é devastadora. Estes atos de terrorismo pretendem incutir medo, silenciar vozes e apagar a história, mas recusamo-nos a permitir que sejam bem-sucedidos", declarou a diretora executiva, Beatrice Gurwitz, num comunicado.

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