Aprovada extradição de Julian Assange do Reino Unido para os EUA

Jornalista australiano está detido numa prisão de alta segurança em Londres.

18 de junho de 2022 às 10:06
Julian Assange, extradição, Reino Unido, EUA Foto: Henry Nicholls/Reuters
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A extradição do fundador do ‘WikiLeaks’, Julian Assange, para os Estados Unidos foi esta sexta-feira aprovada pela ministra britânica do Interior, Priti Patel. A defesa do jornalista australiano, de 50 anos, tem 14 dias para recorrer da decisão, mas se o recurso for recusado, terá 28 dias para deixar o país.

O Governo norte-americano acusa Assange de espionagem, por ter divulgado no portal da ‘WikiLeaks’ milhares de documentos militares e diplomáticos confidenciais, em 2010 e 2011, relacionados com as guerras do Iraque e do Afeganistão. Sobre si recaem 17 acusações de espionagem e uma acusação de uso indevido de computador. A moldura penal dos crimes de violação da Lei de Espionagem pode ir até 175 anos de pena máxima, por cúmulo jurídico.

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A decisão dá seguimento a uma posição do Supremo Tribunal, em abril, de que a extradição poderia avançar. “Os tribunais não consideraram que a decisão fosse opressiva, injusta ou abusiva para com o senhor Assange”, diz o ministério, que refere que o seu direito a um julgamento justo será observado.

O ativista está detido na prisão de segurança máxima de Belmarsh, em Londres, desde abril de 2019, quando perdeu o estatuto de refugiado na Embaixada do Equador em Londres, onde esteve durante sete anos para evitar extradição para a Suécia, onde era procurado por alegado abuso sexual. 

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