Argentinos decidem futuro de Javier Milei

Argentinos decidem este domingo se querem que o presidente Javier Milei continue com as suas políticas de austeridade.

25 de outubro de 2025 às 01:30
Javier Milei, presidente da Argentina Foto: Martin Divisek/EPA
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É o tudo ou nada para Javier Milei. A Argentina vai este domingo às urnas e estas eleições legislativas são vistas como um verdadeiro referendo sobre o governo de Milei, em que os argentinos dirão se querem ou não continuar com as políticas de austeridade do atual presidente.

A imagem pública de Milei está em queda. Sondagens recentes apontam para níveis muito baixos de confiança no governo, refletindo o descontentamento com a situação económica e social do país. O plano do presidente para conter a inflação — um dos pilares da sua política — poderá acabar por prejudicá-lo, uma vez que várias das suas medidas têm reduzido o poder de compra da população.

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Um dos setores mais afetados é o da saúde. A perda salarial dos médicos chega a 70%, com profissionais a receberem o equivalente a 700 euros mensais, num país que hoje enfrenta um dos custos de vida mais elevados do mundo.

“Desde que Milei assumiu, em dezembro de 2023, começou um processo de asfixia salarial que levou 300 profissionais a abandonarem os seus cargos no hospital. A falta de financiamento prejudica o atendimento e põe em risco a vida de muitos pacientes”, denuncia Norma Lezama, de 64 anos, especialista em doenças pediátricas. “O objetivo do plano económico de Milei é deixar de fora a saúde pública, a universidade pública, os reformados e os portadores de deficiência”, acrescentou.

Apesar do apoio popular ter vindo a deteriorar-se ao longo da campanha eleitoral, Milei tenta manter o otimismo. Ignora as crises internas e aposta num discurso de confiança, promovendo reformas estruturais e a liberdade económica como solução para a crise. O resultado deste domingo, dirá se os argentinos ainda acreditam na sua promessa de “transformar o país”.

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