Assembleia-geral da Ryanair aprova duas saídas do Conselho de Administração
"Apesar das condições comerciais difíceis", a companhia apresentou um "desempenho forte", disse o presidente do Conselho de Administração.
A assembleia-geral da Ryanair aprovou esta quinta-feira dois pedidos de saída do Conselho de Administração da transportadora, segundo informação sobre a reunião anual, onde foram validadas as contas de 2018, que registaram aumento de lucro em 10%.
No comunicado divulgado pela companhia irlandesa de baixo custo é referida a decisão de Charlie McCreevy e Declan McKeon de saírem do Conselho, que tinha sido registada no relatório anual da empresa.
"O presidente do Conselho de Administração, David Bonderman, agradeceu sinceramente a ambos, Charlie e Declan, pelas suas substanciais contribuições ao longo dos últimos oito anos e deu as boas vindas a Emer Daly e Roisin Brennan, novos membros do Conselho", lê-se no documento.
No relatório anual da Ryanair, o presidente do Conselho de Administração comentava que "apesar das condições comerciais difíceis", a companhia apresentou um "desempenho forte".
O responsável destacou o aumento do lucro em 10% para 1,45 mil milhões de euros em 2018, na comparação com 2017.
As receitas subiram 8% para 7,15 mil milhões de euros, enquanto os ganhos por ação evoluíram 15% para 1,22 euros.
Entre os dados positivos que constam da carta de Bonderman aos acionistas está também o aumento do tráfego em 9% para mais de 130 milhões passageiros e a descida média de 3% das tarifas para 39,40 euros.
O ano foi marcado pelo corte nos custos de unidade, pela criação de 1.500 novos postos de trabalho, por mais de 600 promoções e por novos acordos para aumentos de salários com a "maioria dos pilotos e tripulantes de cabine".
Questionada pela agência Lusa se houve tomada de decisão sobre a ameaça de greve europeia, incluindo de Portugal, dos tripulantes para o próximo dia 28 e as críticas feitas pelos pilotos, a transportadora referiu que, de momento, não serão feitos mais comentários.
Na quarta-feira, os pilotos da Ryanair pediram aos acionistas da companhia que substituam a liderança da empresa, na assembleia geral anual, realizada esta quinta-feira, porque consideram que o atual modelo de emprego e gestão fracassou.
O apelo foi feito numa declaração subscrita pelas estruturas representativas dos pilotos da Ryanair e publicada em toda a Europa.
Em Portugal, a declaração foi divulgada pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação da Aviação Civil (SPAC), enquanto representante dos pilotos da Ryanair no país.
Para 28 de setembro está convocada a segunda greve europeia na Ryanair, depois de os sindicatos que representam a tripulação de cabine terem promovido entre 25 e 26 de julho uma paralisação em Espanha, Portugal, Itália e Bélgica.
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