Atrasos, luxo e um casamento marcam segundo dia de Carnaval em São Paulo

Desfiles foram marcados por atrasos, protestos, mas também muita cor.

26 de fevereiro de 2017 às 19:47
O segundo desfile de escolas de samba de São Paulo em 2017 Foto: Reuters
O segundo desfile de escolas de samba de São Paulo em 2017 Foto: Reuters
O segundo desfile de escolas de samba de São Paulo em 2017 Foto: Reuters
O segundo desfile de escolas de samba de São Paulo em 2017 Foto: Reuters
O segundo desfile de escolas de samba de São Paulo em 2017 Foto: EPA
O segundo desfile de escolas de samba de São Paulo em 2017 Foto: EPA
O segundo desfile de escolas de samba de São Paulo em 2017 Foto: EPA
O segundo desfile de escolas de samba de São Paulo em 2017 Foto: EPA
O segundo desfile de escolas de samba de São Paulo em 2017 Foto: EPA
O segundo desfile de escolas de samba de São Paulo em 2017 Foto: EPA
O segundo desfile de escolas de samba de São Paulo em 2017 Foto: EPA
O segundo desfile de escolas de samba de São Paulo em 2017 Foto: EPA
O segundo desfile de escolas de samba de São Paulo em 2017 Foto: EPA
O segundo desfile de escolas de samba de São Paulo em 2017 Foto: EPA
O segundo desfile de escolas de samba de São Paulo em 2017 Foto: EPA

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O segundo desfile de escolas de samba de São Paulo em 2017, que começou no final da noite deste sábado e terminou na manhã deste domingo, foi marcado por atrasos, protestos e, também e apesar dos problemas, por muita cor, muito luxo e a tradicional animação dos passistas e do público.

Império da Casa Verde, a atual campeã, Dragões da Real e Rosas de Ouro foram os grandes destaques desta segunda e última noite de desfiles na capital paulista.

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Depois de atrasos em outras escolas, correria nos últimos minutos para terminar o desfile dentro do tempo permitido e dificuldade de algumas agremiações por causa do gigantismo dos carros alegóricos, o problema mais grave aconteceu cerca das 4h30 deste domingo, horário de São Paulo, (07h30 em Lisboa). Com a passarela do Sambódromo do Anhembi cheia de óleo derramado por um carro da escola Vai-Vai, que desfilou antes, a Nené da Vila Matilde recusou entrar na avenida e gerou-se uma enorme confusão.

Às pressas, a organização mandou fazer uma limpeza mais forte na passarela do samba e a escola da Vila Matilde começou finalmente o seu desfile quase uma hora após o horário previsto. A limpeza não foi tão eficiente quanto deveria e a pista estava extremamente escorregadia: vários passistas não conseguiram manter o equilíbrio.

Na avenida, a Nené da Vila Matilde apresentou um enredo sobre Curitiba, a bonita capital do estado do Paraná, uma das cidades mais modernas e tecnológícas do Brasil mas onde as tradições e a cultura são extremamemte preservadas. Apesar do esforço de todos, a apresentação foi comprometida pelos sucessivos escorregões.

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Última escola a desfilar no Sambódromo, já o sol ia alto, a Rosas de Ouro apresentou um enredo sobre banquetes e outras comezainas e sobre a importância do convívio à mesa para aproximar as pessoas, e reuniu, ao mesmo tempo, a ficção do enredo com um banquete real para uma festa de casamento verdadeira. A presidente da escola, que tinha casado em plena avenida minutos antes, surgiu num enorme carro alegórico vestida de noiva e participando num banquete verdadeiro com os seus convidados.

A Império da Casa Verde, que venceu os desfiles no ano passado, tentou revalidar o título este ano com uma apresentação marcada pela grandiosidade dos carros alegóricos e muito luxo nas fantasias e alegorias, apresentando um enredo sobre a paz e a necessidade de se estreitar a união entre o homem e a natureza.

O desfile foi muito ovacionado, mas também enfrentou problemas, e o esforço fez o mestre-sala e a porta-bandeira, Rodrigo António e Jéssica Gios, passarem mal e terem de ser socorridos para conseguirem terminar o desfile.

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Próxima escola a desfilar, a Dragões da Real levou para a avenida um enredo sobre uma das mais famosas canções do eterno Luiz Gonzaga, "Asa Branca", um verdadeiro hino do nordeste do Brasil, que teve uma interpretação especial no início do desfile a cargo de ninguém menos do que Fagner.

A Vai-Vai, maior campeã do Carnaval de São Paulo, e que esteve na origem do grande problema da noite ao deixar a passarela imprópria para desfiles, apresentou um enredo sobre o Candomblé, crença de origem africana popular em algumas regiões do Brasil. Ou pela apresentação não ter agradado ou pelos problemas que causou, saiu da avenida sob fortes vaias e com o público a atirar copos plásticos e outros objetos sobre os seus carros alegóricos.

As outras duas escolas que desfilaram na segunda noite foram a Mancha Verde, escola de samba ligada ao clube de futebol Palmeiras, que apresentou um divertido enredo sobre os "Zés" do Brasil, falando sobre famosos e anónimos que têm José no nome, e a Unidos de Peruche, que levou para o sambódromo um enredo exaltando a necessidade de paz no mundo e soltou ao longo do desfile milhares de balões brancos, enquanto os seus integrantes exibiam dificuldade para empurrar os carros alegóricos, excessivamente grandes e pesados.

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Na noite deste domingo, e ao longo da madrugada de amanhã, segunda, desfilarão as primeiras escolas de samba no Rio de Janeiro, desfilando as outras na madrugada de segunda para terça.

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