Avião que se despenhou em São Paulo e matou 62 pessoas caiu quase quatro quilómetros num só minuto

Aeronave tinha sido construída há 14 anos e era considerada segura.

2024-08-09_21_34_47 brasil.jpg Foto: Direitos Reservados
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O avião turbo-hélice da companhia aérea regional "Voepass" (antiga Passaredo), que se despenhou por causas ainda não apuradas, na tarde desta sexta-feira, na área rural de Vinhedo, cidade no interior do estado brasileiro de São Paulo, matando os 62 ocupantes, sofreu uma queda brutal e vertiginosa de quase quatro quilómetros de altitude antes de colidir com casas e árvores. As informações são da plataforma mundial de monitorização de aeronaves Flightradar, que acompanhou tudo em tempo real.

De acordo com os registos da plataforma, a aeronave, que saíra de Cascavel, no estado do Paraná, sul do Brasil, e tinha como destino o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, às 13h21 locais (17h21 em Lisboa), voava com absoluta tranquilidade a 5000 metros de altitude. Um minuto depois, às 13h22, os registos da Flightradar já mostram a aeronave, que tinha sido construída há 14 anos e era considerada segura, a somente 1250 metros de altitude, uma queda vertiginosa de nada menos de 3750 metros, a que se sucedeu a violentíssima colisão, uma explosão e um incêndio que os bombeiros tiveram muita dificuldade em controlar.

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A queda, além de gigantesca numa fração de tempo tão escassa, foi em espiral, em parafuso, evidenciando que os pilotos não tinham mais qualquer controlo sobre os equipamentos. Antes da queda, o aparelho tinha feito uma curva brusca totalmente fora do traçado normal da navegação aérea, igualmente registada em tempo real pela plataforma de controlo de aviões no mundo todo.

O avião, cuja queda foi filmada por dezenas de moradores, o que tornou tudo ainda mais realista e chocante, despenhou-se na Rua Edueta, no bairro Canelas, uma área de casas de campo a cerca de um quilómetro do centro de Vinhedo. Pelo menos duas casas de um condomínio foram atingidas por partes da aeronave, o que provocou incêndios nos dois imóveis e nos carros que estavam nas garagens, mas não há informações de vítimas em terra. 

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