"Barão da droga" do Paraguai preso no Brasil a fazer tatuagem

Elton Leonel Rumish da Silva é considerado pela polícia como o maior fornecedor de droga para o Brasil.

28 de fevereiro de 2018 às 17:21
Elton Leonel Rumish da Silva foi detido no Brasil Foto: Polícia Civil fluminense
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Um narcotraficante, considerado pela polícia dos dois países como o maior fornecedor de droga do Paraguai para o Brasil, foi preso na noite desta terça-feira, na zona sul da cidade brasileira do Rio de Janeiro.O brasileiro Elton Leonel Rumish da Silva, de 34 anos, conhecido como "Galã", foi preso num estúdio no bairro de Ipanema quando fazia uma tatuagem.

Ao ser abordado por agentes da Polícia Civil (Judiciária) fluminense, Rumish, que estava acompanhado da namorada, manteve a calma e exibiu documentos falsos, tentando fazer os polícias acreditar que estavam a abordar a pessoa errada. Mas os agentes já tinham recebido da polícia de São Paulo todos os dados sobre Rumish, que foi preso.

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De acordo com as polícias de Brasil e do Paraguai, Rumish controla o tráfico de droga na vasta região de fronteira entre os dois países.E, apesar de ser um dos principais chefes no Paraguai do PCC (Primeiro Comando da Capital) de São Paulo - a maior facção criminosa do Brasil -, fornecia droga tanto para esta quanto para o CV (Comando Vermelho) do Rio de Janeiro, mesmo sendo os dois grupos inimigos mortais.

Um dos maiores narcotraficantes da América do Sul, Rumish chegou ao comando do tráfico na região fronteiriça do Paraguai depois de eliminar o antigo chefe local, Jorge Rafaat Toumani.Rafaat foi abatido em junho do ano passado numa das ruas mais movimentadas da cidade paraguaia de Pedro Juan Caballer, numa acção cinematográfica levada a cabo em plena luz do dia e na qual foram usadas metralhadoras anti-aéreas para furarem a blindagem do carro do então "Rei da Fronteira", que foi atingido por mais de 50 tiros.

Talvez em represália a esse crime, um mês depois o próprio Rumish foi alvo de um atentado naquela cidade do Paraguai e foi ferido, sendo levado para uma quinta na região da fronteira e tratado por médicos ligados ao crime organizado.Recuperado, ele voltou à sua rotina de negócios com a droga, viajando por vários países e usando inúmeras identidades falsas, mas acabou por ser descoberto esta terça-feira num esforço conjunto de várias polícias, que o monitorizaram e trocaram informações entre elas. 

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