Bélgica mantém recusa a proposta para uso de ativos russos
"Nas condições atuais, um financiamento para a recuperação da Ucrânia usando os ativos russos congelados na Bélgica não é viável", disse o primeiro-ministro belga.
A Bélgica manteve esta quarta-feira a sua rejeição à ideia de usar ativos russos congelados no país como garantia de um empréstimo para a reconstrução da Ucrânia, apesar de a Comissão Europeia ter anunciado uma proposta nesse sentido.
"Nas condições atuais, um financiamento para a recuperação da Ucrânia usando os ativos russos congelados na Bélgica não é viável", disse o primeiro-ministro belga, Bart de Wever, numa entrevista à televisão de língua neerlandesa VTM.
"Não consigo imaginar que a Comissão Europeia se atreva a confiscar uma empresa privada [numa referência à Euroclear, onde estão depositados os bens congelados] contra a vontade de um Estado-membro" afirmou ainda de Wever, citado pela agência de notícias Belga.
Bruxelas propôs esta quarta-feira um empréstimo de reparações com base em ativos russos congelados e um crédito de menor dimensão assente no orçamento da União Europeia (UE), para apoiar a Ucrânia em 2026 e 2027.
Este último empréstimo seria reembolsado após pagamento de reparações da Rússia à Ucrânia e, perante as reservas jurídicas da Bélgica, seria acompanhado de um mecanismo de solidariedade na UE.
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