Biden ameaça punir Putin por interferência nas presidenciais dos EUA
Declarações do presidente dos EUA surgem após divulgação de relatório da espionagem do país.
O presidente Joe Biden afirmou esta quarta-feira que a Rússia “vai pagar caro” por ter tentado manipular as presidenciais de 2020 nos EUA.
A ameaça foi proferida após a divulgação de um relatório da espionagem norte-americana que acusa o presidente russo, Vladimir Putin, de ter “pelo menos aprovado” manobras para favorecer a reeleição de Donald Trump.
Biden não explicou como pensa punir a Rússia, tendo somente adiantado, em entrevista à ABC: “Vão ver em breve”. Na mesma entrevista, falando de Putin, disse acreditar que é um assassino e frisou: “Penso que ele não tem alma”.
De acordo com o relatório, a Rússia fez esforços coordenados, apoiados por múltiplas pessoas, dentro e fora do país, “para divulgar alegações enganadoras e não comprovadas” para denegrir Biden. Uma das figuras dessa campanha difamatória foi o deputado ucraniano Andriy Derkach, que manteve contactos com políticos nos EUA, tendo em 2019 reunido com Rudy Giuliani, advogado de Trump e um dos seus mais ferozes defensores.
A Rússia considerou o relatório um conjunto “de acusações sem fundamento” que prejudicam as relações bilaterais e disse já estar a preparar-se para enfrentar novas sanções.
O relatório aponta ainda o dedo a outros países. É o caso do Irão, que terá liderado “uma campanha em várias frentes”, mas neste caso para prejudicar Trump, odiado em Teerão por retirar os EUA do acordo nuclear de 2015.
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