Bolsonaro lança o filho mais velho como candidato à Presidência
Decisão não agradou aos aliados do ex-presidente.
O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que cumpre pena de 27 anos de prisão por golpe de Estado, lançou o filho mais velho, senador Flávio Bolsonaro, como seu sucessor político e candidato à presidência do Brasil nas eleições de 2026. A carta foi lida pelo próprio Flávio à porta do Hospital DF Star, em Brasília, pouco antes de o antigo presidente ser submetido a mais uma cirurgia abdominal, no Dia de Natal.
“Entrego o que há de mais importante na vida de um pai, o próprio filho, para a missão de resgatar o nosso Brasil. Trata-se de uma decisão consciente, legítima e amparada no desejo de preservar a representação daqueles que confiaram em mim”, escreveu Bolsonaro, acrescentando que o Brasil vive tempos de injustiça e que tem pago um preço muito alto por defender a liberdade. O ex-presidente coloca assim um ponto final na disputa familiar pela candidatura à Presidência, que incluía outro filho, Eduardo, e a mulher, Michelle Bolsonaro.
Sondagens recentes confirmaram a impopularidade de Flávio, cuja indicação fez disparar o dólar e cair a bolsa. Nos levantamentos, 62% afirmaram que jamais votarão em Flávio, e 54% disseram que a escolha dele foi um erro.
Aliados ligados ao 'Centrão', que domina o Congresso, ficaram furiosos, pois estavam a articular uma união em torno de um candidato da direita mais viável do que Flávio, considerado um político apagado e sem carisma. O pastor Silas Malafaia, aguerrido aliado de Jair Bolsonaro, deu o tom desse descrédito ao afirmar que Flávio não tem “musculatura política” para levar a candidatura até ao fim
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