Bolsonaro volta a ameaçar que não haverá presidenciais no Brasil em 2022 se não for como ele quer

Principal mudança exigida pelo presidente brasileiro é o regresso do voto em papel.

Jair Bolsonaro Foto: Getty Images
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O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, voltou esta quinta-feira a ameaçar a realização das eleições presidenciais marcadas para Outubro de 2022 se as exigências de mudanças nas regras que ele tem feito não forem aceites pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A principal mudança exigida por Bolsonaro é a volta do voto em papel, sem o que ele afirma que as eleições não serão limpas pois não haverá possibilidade de auditar voto por voto.

"Eleições, ano que vem, têm de ser limpas. Ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não teremos."-Disse o presidente a um grupo de seguidores fanáticos que o aguardava à saída do Palácio da Alvorada, em Brasília, num ritual que se repete todos os dias quando o governante sai para trabalhar e quando volta.

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O voto impresso foi substituído já há muitos anos no Brasil por urnas eletrónicas, que são quase uma unanimidade entre os brasileiros pela facilidade e rapidez de voto que dão aos eleitores, mas são contestadas por Bolsonaro. Segundo ele, que não apresentou até agora qualquer prova disso, quem controla o sistema eleitoral no TSE é o Partido dos Trabalhadores, PT, de Lula da Silva, e as urnas eletrónicas, avança, são facilmente fraudáveis, enquanto o voto em papel permite, em caso de dúvida, contar e verificar cada um na mão.

O TSE e organismos internacionais garantem que as urnas usadas no Brasil são extremamente confiáveis e os votos, mesmo electrónicos, também podem ser auditados, mas Bolsonaro não aceita. O presidente brasileiro, que começou a exigir o voto em papel depois de as sondagens estimarem que será derrotado em 2022, afirma categoricamente que várias eleições em urnas eletrónicas já foram fraudadas, entre as quais, curiosamente, as presidenciais de 2018, quando foi eleito, e que se está a preparar uma nova fraude para 2022, visando tirá-lo do cargo e entregar novamente o poder a Lula da Silva, seu provável mais forte adversário.

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